quinta-feira, agosto 22, 2013

Um novo dia, uma nova esperança

Não sei se é tarde ou cedo
O silêncio da madrugada é quebrantado
pelo cantar do galo
Que anuncia o alvorecer de um novo dia.

Junto a mim além o som dos cliques
dos teclado
Escuto o zumbido de um pequeno transformador
elétrico.

Na verdade, a esta hora eu gostaria apenas
de dormir em minha  cama
Mas o sono afugentado coloca-me
A refletir sobre as decisões a serem propagadas
Nesta manhã.

Sinto uma profunda paz
Tendo em meu coração a certeza de que
As ações que se seguem serão
para a alegria e contentamento de muitos.

Por que não durmo?
Já não preocupo-me,
Sinto o refrigério das 6 horas de sono que
Se passaram entre o dormir e o despertar.

... E neste refrigério,
Lanço sobre os aflitos o desejo da esperança,
E sobre os combatidos o desejo da paz,
Lanço sobre os desesperados o desejo da esperança.
E sobre os perdidos, o encontro com a luz.

Lanço sobre os culpados, o desejo do arrependimento,
E sobre os raivosos, o desejo da tranquilidade,
Lanço sobre os violentos, o desejo de serem fracos,
Para nos braços do Pai poderem encontrar repouso.

Agora, com minhas pálpebras já pesadas
Retorno ao meu repouso
Para sedimentar em sonhos
Os desejos proclamados
E junto com outros que sonham
Transcender para a boa realidade.

 

quarta-feira, agosto 21, 2013

O velho mito

Arranquei-me das estradas de areia branca
Para misturar-me ao pó de areia vermelha
Vermelha do cobre
Cobre que enseja na construção do mito
De que um jovem mancebo
Partindo do seu chão
Conquistou o pavilhão dos poderosos
Pelo poder da palavra falada
E das linhas tortas apenas sábias
Para os velhos contadores de histórias...

Mal entendido

Mal entendido
Correm boatos pelas ruas
O desespero se instalou!
Todos se apegam aos seus senhores
na busca de um fio de confiança
Ganha quem mais oferta
Perde quem não descansa.

Mal entendido.
Ninguém pergunta
Sobre como o boato começou,
Cada qual acusa,
As pedra passam por sobre a cabeça,
As vítimas se multiplicam
Os culpados desaparecem.
O velho traidor arma o golpe
De misericórdia.
Apresenta-se como o salvador
da pátria e posiciona-se
para receber a coroa.

Uma palavra.
É tudo o que espera para soltar
O grito preso na garganta.
Suas flechas lançadas,
embora bem direcionadas
Resvalam nas bordas do alvo.

A sua volta
Um cinturão de poderosos desesperados
manifestam-se com poderio de fogo incomum.
A razão sedimentada incendeia as narinas
Fecham a cara e disparam alaridos
De palavras torpes.
Sem entender que o alvo a atingir
É tão somente o mesmo que os protege
Como escudo.

Estão adormecidos e ainda sim sentem-se
Enganados.
Estão felizes e ainda sim sentem-se
Pouco confiantes.
Seus julgamentos são forjados
Em informações distorcidas
Seu algoz reuniu sobre seus próprios ombros
A falsa mensagem de justiceiro.

Lutam pelo que não conhecem.
Discutem sobre o que não compreendem.
Reprovam sem examinar as provas,
E ainda sim, com alto grau de certeza
Sentem-se no direito de ocupar o posto
Para o qual não foram designados.

Capitalismo! Onde estás?
Sustentas tua força na Arte de guerrear.
Preferes fabricar armas
A ter que ver os filhos da Terra
Alimentados de pão.

Em tuas entranhas perece
o confuso espião
Em teus delírios
Subjaz tua própria semente.

Socialismo! Doce ilusão.
Mais forte o desejo de possuir
Combateu o esforço de repartir
Em teus métodos de negar escolha
Fizeste renascer nas armas
Teu infiel vilão.