domingo, dezembro 15, 2013

CARTA ABERTA AOS QUE DESEJAM INGRESSAR NO SERVIÇO PÚBLICO

Caríssimos Irmãos e Irmãs,

O que leva um cidadão ou cidadã a querer ingressar no serviço público?

- Qualidade de vida?
- Estabilidade salarial?
- Sentimento de patriotismos?
- Amor aos seus semelhantes?
- Satisfação pessoal?
...

O que leva as pessoas a buscarem o serviço público?

- Segurança alimentar?
- Segurança pública?
- Segurança habitacional?
- Profissionalização?
- Saúde familiar?
...


Conforme sabemos, o servidor público enquanto agente representante do Estado, que presta um serviço a população, está revestido do Poder do Estado para contribuir com a solução do problemas vivenciados pelas pessoas.


Mas será que todos os funcionário públicos sentem-se sentem-se revestidos da condição de servidores públicos? E quando o interesse público torna-se subalterno ao interesse privado?


Parece-nos claro que o serviço público conta com profissionais vocacionados e que realizam seus afazeres como se estivessem cumprindo uma missão. Por outro lado a má qualidade dos serviços prestados em alguns setores aflora discussões éticas e morais nas quais categorias e governantes não se entendem sobre os papéis a serem cumpridos e sobre metas a serem alcançadas.



Antes de mais alguma coisa, gostaria de ressaltar que são muitos os servidores públicos brasileiros que se empenham na realização dos seus afazeres de forma justa e eficiente. Estes sim, são injustiçados pelas más condições de trabalho e mesmo assim não se curvam frente aos desafios. Antes de tudo, criam soluções compatíveis com as necessidades que se apresentam.



Se houvesse de se apontar uma situação próxima da ideal para o serviço público poderíamos resumir em ato a realizar-se nas condições de:

  1. Amor aos nossos semelhantes;
  2. Conhecimentos compatíveis com a funções a serem desempenhadas;
  3. Condições ambientais e materiais satisfatórias para a realização dos serviços;
  4. Remuneração compatível com as necessidades pessoais dos servidores públicos;
  5. Valorização do trabalho dos servidores públicos por parte dos usuários dos serviços.

O desequilíbrio entre estes fatores contribui sistematicamente para que os servidores públicos busquem meios alternativos para estabelecer um novo equilíbrio, de forma lícita ou ilícita. Como resultado temos os serviços públicos reais.

Por que amor?

...

terça-feira, outubro 15, 2013

Carta aberta aos que desejam refletir sobre os paradigmas do Ser Biológico e do Ser Social

Caras Irmãs, Caros Irmãos,

O tema que ora coloco em pauta assusta pela delicadeza já que é resultado das lutas e transformações sociais acumuladas por muitas gerações.

Recentemente o Brasil reconheceu o direito de pessoas do mesmo sexo contraírem matrimônio e esta é uma conquista que não se resume em si mesma.

As conquistas jurídicas são apenas os primeiros passos para se transformarem em conquistas sociais, serem culturalmente aceitas e se tornarem politicamente justas. Isto porque o fato de Seres Humanos conquistarem ou deixarem de conquistar direitos civis não lhes garante felicidade plena, que aliás acredito ser o objetivo de quem almeja o Reconhecimento Legal das suas ações.

Pois bem, tentarei estabelecer um paralelo entre algumas práticas que foram se constituindo historicamente e ao final, retornarei a este tema. Espero, contudo, não ser preconceituoso ou tendencioso nas minhas inquietações. Apenas considero importante que após a conquista de direitos tão significativos, devamos refletir sobre as possibilidades futuras, visto que, em princípio as conquistas potencializam ganhos ou perdas futuras, tudo depende de como as coisas irão se desenrolar a partir de então. Algo do tipo: conquistei um direito! E agora?

Quando criança, eu me encontrava a perguntar sobre como as crianças vinham ao mundo. Mas não na ótica das crianças humanas e sim, na ótica dos bezerros, cabritos e pintinhos.

Certa vez havia uma vaca prenha prestes a parir. Ela estava inquieta, caminhava de um lado para outro e ninguém se atrevia a chegar perto dela. Os outros bichos do curral também percebiam o movimento e como se já soubessem exatamente o que estava acontecendo chamavam nossa atenção como se estivessem pedindo socorro. 
Uma das minhas tias, olhando para mim e para as outras crianças que acompanhavam o movimento sugeriu que nos afastássemos. Daí fomos para dentro de casa, mesmo porque uma sugestão de uma pessoa mais velha àquela época era muito mais que um mandado,  se considerados os dias de hoje.
Embora distantes podíamos sentir o sofrimento da vaquinha e de todos os que estavam à sua volta, dada a agitação e aos sussurros que se apresentavam.
Em um dado momento alguém gritou:
_ Você não está vendo que está atravessado! A vaca está exausta. Temos que ajudar se não ela não vai conseguir!
De repente, um silêncio absoluto tomou conta do lugar, até que:
_ Nasceu! Nasceu! Nasceu! Agora deixa ela lamber. (após parir, as vacas limpam suas crias com um longo banho de língua).

No dia seguinte, mal acordei e já corri para ver o que tinha acontecido. Lá estava a vaquinha alimentando o bezerrinho malhado (preto com manchas brancas). À minha volta todos os membros da família contentes e satisfeitos por terem conseguido ajudar no nascimento do bezerrinho...

Outro fato marcante na minha infância foi a ajuda que pude prestar a minha avó nos dias da seleção dos ovos para "deitar as  galinhas" e dos ovos para podermos comer. Tudo era muito simples, mas nem por isso pouco interessante. Com uma vela acesa ela aproximava o ovo da chama e conforme a sobra que observava ela dizia se o ovo estava fecundado ou se não. O ovo fecundado era o que transparecia do lado oposto ao da luz, uma pequena sobra distinta dentre a sobra total. Muitos anos depois um amigo me mostrou que o ovo fecundado apresenta um pontinho escuro na gema. Já os ovos não fecundados, as gemas apresentam-se com aspecto uniforme.
A minha avó geralmente deitava a galinha com doze ovos e muitas das vezes nasciam doze pintinhos. Ou seja, o seu grau de acerto era muito alto. Mais tarde, pintinhos se tornavam franguinhos, depois galinhas ou galos. Cada um destes tinha destinação conforme as necessidades da família . Os frangos e as galinhas de mais idade iam para a panela. As galinhas mais novas ocupavam o lugar das mais velhas na tarefa de botar e chocar ovos.
Passados cerca de cinco anos daquelas cenas na minha cabeça, um dos meus tios foi trabalhar em uma granja que produzia frangos para abate. O frango, que antes demorava um ano para atingir o ponto de abate já podia ser obtido em pouco mais de quarenta dias. Em suas penas brancas, a denúncia do crescimento acelerado. Ao invés de ninhos, chocadeiras. O paradigma do nascimento dos pintos em seus ninhos e ao calor do corpo das galinhas foi quebrado.
No que se refere ao nascimento dos seres humanos, mais ou menos na mesma época em que tomei conhecimento das granjas de frango, tomei conhecimento, também, das das "Barrigas de Aluguel". Mais tarde vieram as "Mães solidárias". Com isso foi quebrado outro paradigma, o da forma como as mulheres engravidavam. Um pouco mais tarde ainda, com a famosa Ovelha Dolly, quebrou-se outro paradigma, o da natureza da origem dos óvulos.

Recapitulando:
  • Interferimos na natureza dos partos;
  • Interferimos na natureza da seleção dos ovos;
  • Interferimos na natureza da maturação dos ovos;
  • Interferimos na natureza do crescimento das espécies;
  • Interferimos na natureza da fecundação dos óvulos;
  • Interferimos na natureza dos óvulos;
  • Interferimos na natureza da ativação dos óvulos.
Neste sentido, a mudança dos paradigmas da gênese e do desenvolvimento das espécies, por conseguinte passaram a subsidiar mudanças de paradigmas no campo social, dentre os quais as concepções de família e de matrimônio.

Por pressuposto, o ciclo da vida conforme conhecemos inaugura o mais recente capítulo, no qual as questões a serem debatidas mais uma vez serão reformuladas: conquistamos um direito! E agora?

  • Como o Ser humano se comportará frente as frágeis fronteiras que separam os eventos do nascimento pela "Seleção Natural" da dos eventos pela "Seleção Controlada" tendo em vista a geração de "Seres Humanos Perfeitos" do ponto de vista orgânico?
  • Como esses "Seres Humanos Perfeitos" compreenderão a si mesmos?
  • Quais os limites das transformações  almejadas pelo Ser Biológico no sentido de atingir o Status de equilíbrio com o Ser Social?
  • É possível haver unidade entre o Ser Biológico com o Ser Social, independentemente das suas escolhas?
Do ponto de vista da genética, os seres humanos  distinguem-se pelos cromossomos X e Y, entre masculino e feminino.


  • Definimos por Ser Biológico a natureza da constituição física aparente declarada por quem prestou assistência ao nascimento do indivíduo, tomado por base os órgãos genitais da criança (masculino ou feminino). Esta declaração é o olhar do Ser Observador sobre o Ser Observado.
  • Definimos por Ser Social a natureza da constituição social declarada pelo indivíduo sobre si mesmo. Esta declaração reflete o sentimento do indivíduo com relação ao se Eu interior. Pode, ou não, coincidir com a declaração de Ser Biológico realizada após o nascimento.


Ao declarar-se e aceitar-se a distinção entre Ser Biológico e Ser Social incorremos por reforçar a distinção entre corpo físico e corpo mental. Neste sentido o arcabouço jurídico fundamental para a legalização da união matrimonial entre pessoas do mesmo sexo deve reforçar o entendimento da supremacia do Ser Social sobre o Ser Biológico.

Até que se prove ao contrário, o Ser Biológico pode ter sua constituição física aparente alterada, no que se refere a Forma, no entanto sua Essência (cromossomos X e Y em suas combinações existentes) permanece a mesma. Visto que ainda não dispomos de tecnologia suficiente para desconstruir este paradigma.

No que se refere ao Ser Social, é preciso refletir sobre se é algo de natureza Essencial ou de natureza Circunstancial.

Por outro lado, ao admitir que seria possível ao Ser Humano reestruturar a constituição do Ser Biológico entre o Ser Masculino e o Ser Feminino,não seria desesperador que alguém se predisponha a considerar a possibilidade de reconstruir o Ser Social. A partir de então, o mais tenebroso paradigma seria quebrado: o do Livre Arbítrio. Após este a humanidade entraria em colapso. Todas as "verdades" já tidas como transitórias, poderiam durar segundos ou milésimos de segundo, ou ainda, poderiam alternar invariavelmente...

... E imaginar que tudo começou quando ajudaram o bezerro a nascer...




quarta-feira, outubro 09, 2013

Carta aberta aos que ousam educar seus próprios filhos e suas próprias filhas

Queridos irmãos e irmãs,

Antes de mais nada, peço licença para assim me dirigir a cada um de vós, como meus irmãos e irmãs porque já não mais os tenho por meus alunos, alunas, pais ou mães. Em uma medida mais ampla, somos todos oriundos do mesmo pó umedecidos pela mesma água, recebemos o mesmo sopro de vida e, muitos de nós fomos tomados pelo mesmo fogo.
Muitas pessoas com as quais tive a oportunidade de conviver nos últimos anos têm deixado lições graciosas de esperança sobre como me comportar diante das crianças e, em especial, do meu próprio filho. É interessante notar que ao longo do tempo as relações de cuidado mútuo se manifestam tanto de mim mesmo para com ele quanto dele para comigo. Em suas ações consigo enxergar a segurança que outrora senti na tomada de decisão e que agora reaprendo sobre como me comportar frente aos desafios da vida diária.
Valores tais como solidariedade, compaixão, benevolência, esperança e caridade se multiplicam na medida da nossa necessidade. E tudo o que realizamos parece fazer sentido.
Quando lançamos a semente sobre a terra fértil e a ela dedicamos a medida correta de água e luminosidade, esperamos que germine, torne-se árvore e dê bons frutos. No entanto, o roteiro dos nossos pensamentos nem sempre consolidam-se em realidade. E por saber que assim o é, nós nos propomos a não apenas esperar que a planta cresça por conta própria. Nós a acompanhamos, analisamos passo a passo o seu desenvolvimento e, se percebemos que algo possui potencial para interferir na trajetória que imaginamos para o seu crescimento, logo realizamos as interferências que julgamos necessárias. Assim faz o jardineiro dedicado e amoroso ao pomar.
Se somos capazes de cuidar das plantas, por sermos jardineiros, seremos capazes de cuidar dos filhos por sermos pais ou mães?
Quem são os pais ou mães? Os pais mães dos filhos ou os filhos e filhas dos pais ou mães?

Certa vez falou o meu pai:

_ Tu és o pai de nós todos.

Frase curta mas extremamente complexa. Como pode o filho ser pai do seu próprio pai?

Parece-nos claro que ser pai implica em certos atributos que qualificam o Ser.  Protetor, amigo, corajoso, justo, forte. De igual maneira e com muitos mais atributos significa ser mãe.

Ser digno de admiração.

Talvez seja este um dos fundamentos alcançados pelo filho ou filha quando busca no pai ou mãe um referencial. Neste sentido o ser paternal ou maternal que deseja educar ao seu filho e filha precisa, antes de tudo, avaliar-se. Aceitar-se como ser em transformação. Capaz de admirar e respeitar a si mesmo.

Vejo meu filho crescer e já começo a imaginar que ele tem mais a me ensinar do eu tenho a ele. Por estes dias ele se propôs a me ensinar como ativar a agenda do meu aparelho de telefone celular para que eu não me esquecesse dos meus compromissos.
_ Como você aprendeu? Perguntou sua mãe.
_ Sozinho através do tablet.

As crianças certamente estão mais bem preparadas para conviver com os novos paradigmas que se apresentam. E nós estamos preparados para aceitar que os nossos filhos e filhas estejam além de nós nestas questões?

Algumas coisas parece que não mudam. A experiência é uma delas. Viver muitos anos nos dá a oportunidade de acumular mais experiência. e por ser assim, somos capazes de encurtar a distância a ser percorrida por nossos filhos e filhas em muitas das trilhas de suas vidas. Por outro lado, as crianças, a partir do que somos capazes de lhes ensinar, se encontram em condições de avançar para territórios além dos limites que conhecemos.
Por estes motivos coloco-me na condição de observador. Com humildade entrego nas mãos do meu filho a herança que recebi do meu pai e da minha mãe e sobre a qual acrescentei uma pequena gota de esperança. Aceito do meu filho a oportunidade de me ensinar porque por este meio ele pode comunicar-se comigo na condição de meu pai. Assim o fazendo, abrem-se os caminhos para que ao tentar me ensinar, descubra-se trilhando novos saberes, ainda que acortinados nas trilhas do objeto de conhecimento ocioso de significados para quem tem ávida memória, mas ávido de significados para quem tem ocupações além da própria capacidade de processamento.
Assim, meus queridos irmãos e irmãs, pressuponho que a condição essencial para educar ao outro é aceitar-se ser por ele educado. Ao aprender com o outro somos capazes de lançar luz sobre suas dúvidas e ele mesmo será capaz de aprender sobre o que ainda não sabe. A tarefa de educar ao filho não pode ser prescrita a ninguém posto que educador(a) torna-se em parte pai (mãe) e em parte filho(a). Ao abdicar do direito de o educar, o pai (ou mãe) abdica do direito de ser quem é.
Em comparação ao crescimento da planta, da mesma forma que o jardineiro apenas conseguirá prevenir os possíveis danos causados ao seu crescimento se a acompanhar em todo o tempo, o pai e mãe tão somente conseguirão ajudar ao seu filho(a) se o(a) acompanhar ao tempo de suas necessidades. E mesmo assim conhecerá e reconhecerá que suas limitações poderão coincidir com o fracasso. Por temer, o pai e mãe zelosos não descuida do(a) filho(a). E isso não significa aprisioná-lo(a) dentro de uma redoma. Nem levantá-lo(a) sempre que cair. Na verdade o(a) filho(a) irá cair e o pai ou mãe precisarão ajudá-lo(a) a se levantar, mas apenas com o incremento de força necessária ao impulso inicial. Não com toda a força. E se possível, este incremento de força faz-se-á apenas por duas palavras: "você consegue".
Daí peço permissão aos sábios e sábias que me inspiraram para dizer que:

Educar é a arte de incentivar ao nosso semelhante a realizar o desejo manifesto em seu Ser interior. Incentivar pela palavra. Palavra movida pelo sentimento. Incentivar pelo exemplo. Exemplo movido pela compaixão e esperança. Esperança movida pela fé no Ser que se propõe a aprender. Ser que é nosso semelhante, portanto nosso irmão e irmã.

sábado, outubro 05, 2013

Carta aberta aos que ousam ser professores e professoras

Amados Irmãos Professores, Amadas Irmãs Professoras

A aproximação de mais um dia comemorativo da nossa categoria nos coloca em estado de reflexão sobre as nossas aventuras e desventuras da jornada na qual nos encontramos e frente ao desafio de ajudar as nossas crianças a conhecer, reconhecer e transformar a cultura que herdamos dos nossos antepassados e que coube a nós fazer com que o elo de ligação entre o passado e o futuro permaneça.
Sentado no banco da igreja em momento de contemplação da beleza das palavras enviadas pelo Apóstolo Paulo aos Colossenses senti o desejo de algo comunicar a vós.
Agora me pondo a pensar na beleza das inspirações do Apóstolo e no efeito delas nas vidas das pessoas que as leram e escutaram. O quanto certamente foram transformadas e o quanto se esforçaram para que e essas mesmas palavras chegassem até nós, dois milênios mais tarde.
Hoje sinto-me como se cada uma das pessoas que leram e guardaram aquelas palavras agissem pedagogicamente como meus professores. Educadores de minha vida. Transformadores de minhas ações e palavras. E é por este motivo que me sinto no dever de relatar esta mensagem de encorajamento a cada educador e educadora do mundo contemporâneo. Para que permaneçam firmes em suas missões porque o futuro de muitos depende de cada ação propagada em nossas vidas.
Não posso negar que, assim como o significado do meu próprio nome, sinto-me pequeno e incapaz de transformar quem quer que seja. Por outro lado, estas palavras, que não são minhas, mas manifestações divinas em minha vida, refletem o sentimento que fecundou em cada passo compartilhado convosco em nossas ações profissionais.
Assim como o Apóstolo Paulo chamava aos seus de filhinhos, com o carinho de cultivava o profundo amor por cada um que se achegava até ele. Por natural inspiração de Jesus Cristo, peço-vos permissão para vos incluir comigo na condição de filhinhos. Amados, abraçados e acolhidos pela Graça de Jesus Cristo.
Muitos em seus dias festivos desejarão comemorar aos sabor das bebidas mais nobres, das músicas mais famosas e em lugares dos mais badalados e sofisticados. Eu, sem querer negar a vontade ou os sonhos de quem quer que seja, lanço sobre cada um de vós o desejo e a prece de que haja sublime Paz no coração de cada um.
Que a fé que habita em mim, e que me impulsiona a acreditar na capacidade do Ser Humano para se transformar possa alcançar cada um de vós como a Armadura e a Proteção Celestial.
Perdoem-me caso as minhas palavras, que não são minhas, soem aos vossos ouvidos como fantasias ou sons da boca para fora. Saibam que por elas não espero nada em troca, senão que apesar das vozes agressivas que vós escutais neste momento, possa haver em vossa Alma o silêncio renovador das esperanças que foram construídas no momento em o sonho de ser professor ou professora foi se apropriando dos vossos sentidos e se transformando em realidade. Por este sonho vos tornastes espelho para  muitas das pessoas com as quais convivestes.
Oh amados mestres e mestras, mesmo que a vossa mente não tenha alcançado. Mesmo que os vossos corações não tenham se apercebido, muitos dos vossos alunos e alunas, neste momento apresentam em suas orações, vossas Almas a Deus.
Eu mesmo, por estas palavras, que como já afirmei não são minhas, rogo a Deus em favor de vossas causas.
Não recebereis de mim presentes ou elogios. Presentes vós podeis comprar. Elogios enchem a vossa Alma. Não recebereis de mim, cobranças. O vosso bom trabalho é crédito para vossas eventuais falhas. Recebereis de mim tão somente um Muito Obrigado por permitir, mesmo que por pouco tempo, compartilhar convosco o mesmo ar das salas de aulas e contemplar o vosso saber inundar a minha mente e revigorar os meus sonhos. Sonhos estes que se renovam a cada dia. Eu, enquanto aluno lhes sou profundamente grato.
Meus Amados Irmãos Professores e minhas Amadas  Irmãs Professoras, recebam o meu abraço e meus eternos votos de gratidão, paz e felicidade para os dias presentes e para os dias vindouros.

Que Deus vos abençoe e que seja convosco em cada dia de vossas vidas.

quinta-feira, outubro 03, 2013

Carta Aberta à Comunidade Escolar do Centro de Educação Profissional – Escola Técnica de Saúde de Planaltina


 

Em 3 de outubro de 2013 03:49, Paulo César Ramos Araújo <prof.pcra@gmail.com>

Caros amigos, amigas, parceiros, parceiras, colegas de trabalho:

É com grande satisfação que em nome do CEP-ETSP me dirijo a cada um de vocês.

Por graça de Deus, nos últimos dois anos e meio tenho ocupado o cargo de Diretor do Centro de Educação Profissional - Escola Técnica de Saúde de Planaltina. Foram tantas bençãos recebidas que meu tempo de vida não será suficiente para agradecer, nem que este tempo confirmar-se em cem anos.

Foram muitas ações com a comunidade, debates intensos, choros, angústias, desilusões e vitórias. Cada conquista nossa revigorou minha forma de viver.

Gostaria de agradecer ao Bom Deus e ao Amado Mestre Jesus Cristo pela graça concedida de permitir que vocês tenham passado em minha vida e rogar a ele que cada gesto vosso de bons sentimentos ao meu favor se converta em bênçãos a cada um de vocês.

Aos amados Servidor@s Públicos, o meu mais puro agradecimento,

Aos amados Servidor@s Terceirizados, o meu mais puro reconhecimento ao vosso valor,

Aos estimados alun@s o meu mais puro agradecimento por ter vocês em minha vida.

Aos estimados comunitári@s a minha mais pura gratidão.

Gostaria de rogar vosso perdão por todas as minhas falhas e imperfeições nas decisões tomadas que, eventualmente, não tenham resultado nos melhores caminhos.

Gostaria de confessar minha plena incapacidade para reclamar explicações, já que, de acordo com meu entendimento, todos são legitimamente inocentes e o meu papel é compreender antes de tudo.

Gostaria de ressaltar o valor individual de cada um de vocês e o quanto sois importantes para o pleno desenvolvimento da sociedade brasileira.

Sobre o processo eleitoral e sobre a minha permanência, ou não no cargo que ora ocupo está no vosso poder decidir.

É importante que haja a participação de todos no pleito que ora se apresenta e aqueles que se preparam para lançar candidatura os meus mais sinceros votos de consideração e apreço.

Conforme todos sabem, eu gosto de ser chamado de professor porque é assim que me sinto. Prefiro ser tratado assim porque está na minha essência ser professor.

Não tenho apego ao cargo que ora ocupo e tenho plena consciência que vocês são e sempre serão os verdadeiros mandatários deste e de todos os cargos eletivos sob vossa responsabilidade.

Nos últimos dias fui indicado para assumir a Coordenação de Educação Profissional e a Coordenação Regional de Ensino de Planaltina, mas conforme vocês sabem, estes cargos são de natureza política e da confiança do Governador.

Naturalmente sinto-me honrado pela lembrança, mas confesso, não cumprem a minha vocação porque sou eu nascido para pisar o chão da escola.

Sobre se sou candidato ou não à permanência no cargo de Diretor do CEP, não tenho certeza. Ainda preciso conversar com todos se sou digno de continuar ou se há na instituição, pessoas mais bem preparadas do que eu. É bem provável que haja. Eu tenho certeza que há.

Neste sentido, aguardarei até o último momento para decidir.

Gostaria ainda de agradecer a Professora Adélia, ao Professor Márcio e ao Professor Admário que dividiram comigo as responsabilidades do Cargo. A estes peço perdão se fui injusto e se os ofendi com o meu jeito de ser.

Por fim gostaria de confessar a minha intensa incapacidade de mudar segundo o que me pedem porque vivo segundo o que sinto. E neste caso, o meu sentimento é o de que o CEP-ETSP precisa de cada um de vós. A perda de um é a perda de todos.

É neste sentimento que espero que vocês compreendam esta mensagem.

Que Deus vos abençoe.

domingo, setembro 29, 2013

Educação profissional na área da saúde: uma estratégia de formação principiada pela humanização

Proposta de construção colaborativa: ação desenvolvida em parceria com os profissionais da escola, conforme sumário proposto (abaixo). 

1 Apresentação


Nos últimos dez anos o crescimento econômico brasileiro, a ampliação do poder de compra da população e a mobilidade social decorrida nos últimos anos tem ampliado o nível de exigência quanto a qualidade de produtos e serviços a disposição da população. O que evidenciou-se um fenômeno já discutido por diversos pesquisadores [1;2], que é a falta de mão-de-obra qualificada para suprir as diversas demandas  sociais e de mercado.
A resposta do Governo Federal no sentido da superação da falta de mão-de-obra qualificada para suprir as demandas de mercado e a crise social estabelecida com os cidadãos e cidadãs carentes de formação profissional, ocorreu quando com a adoção de um série de medidas de amplo alcance, dentre as quais:

  • A criação do Programa Universidade para Todos - PROUNI [3], cuja institucionalização de deu conforme a Lei nº 11.096, em 13 de janeiro de 2005. Dentre os objetivos do programa, consta a oferta de bolsas totais ou parciais para que estudantes egressos do ensino médio passassem a ter a oportunidade de realização de curso superior em instituições privadas;
  • Institucionalização do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - REUNI  pelo Decreto  6.096 de 02 de Abril de 2007  [4]  cujo objetivo maior foi a criação de condições de  acesso e permanência na educação superior;
  • Institucionalização da Rede e-TEC Brasil pelo Decreto nº 7.589 de 26 de outubro de 2011  [5] com a finalidade de desenvolver a educação profissional e tecnológica na modalidade a distância a desenvolve-se na Rede federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológicas, em unidades de ensino nacional de aprendizagem e, em instituições de educação profissional vinculadas aos sistemas estaduais de ensino;
  • Institucionalização  do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - PRONATEC pela Lei nº 12.513 de 26 de outubro de 2011 [7] em cujos objetivos consta a expansão, interiorização e democratização do acesso aos cursos de educação profissional em nível médio, com atenção prioritária para estudantes de ensino médio da rede pública, beneficiários de programas de transferência de renda ou, estudantes que tenham estudado o ensino médio em escolas particulares n proporciona condição de bolsistas.

Em consonância com a articulação dos programas e projetos supracitados, o Governo Federal tem alcançado importantes avanços com relação Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM que além de possibilitar o acesso ao ensino superior por meio do Sistema de Seleção Unificada - SISU, passou a partir de 2013, também, a permitir que estudantes sejam encaminhados pelo Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica - SISUTEC para as instituições que ofertam cursos técnicos em nível médio.
Com relação ao Distrito Federal, e em especial, com relação as escolas técnicas no âmbito da Secretaria de Estado de Educação - SEEDF, o processo de reorganização e consolidação tem se dado de forma diferenciada. Ou seja, ao mesmo tempo em que o governo tem procurado se adequar as normas preconizadas pelo Ministério da Educação - MEC para adentrar aos programas e projetos nacionais em andamento, vem empenhando esforços no sentido da consolidação de políticas de integração da educação profissional com ações desenvolvidas nas demais escolas da rede. Isto porque até o ano de 2010, as escolas técnicas que hoje integram a SEEDF estiveram sob o comando da Secretaria de Ciência e Tecnologia - SECTDF, cujas ações se faziam desvinculadas das demais escolas.
No caso particular do Centro de Educação Profissional - CEP,  adotado para a realização deste estudo, que desenvolve formação técnica em nível médio na área da saúde, procuraremos evidenciar a importância da inserção de ações humanizantes e humanizadas no intuito da formação de profissionais preparados para o exercício profissional e integrados com as demandas sociais que ora se apresentam no campo da atenção à saúde e educação para a saúde.
A proposta surgiu do diálogo desenvolvido nos últimos três anos na escola técnica, pela abordagem das situações de conflito nela vivenciadas e o consequente empenho na consolidação de práticas de humanização, envolvendo rodas de discussões, ações afirmativas com a comunidade e realização de parcerias junto a rede pública de saúde, visando a troca de experiências e apoio pedagógico na implantação de projetos comuns e na realização de campanhas de saúde pública.
Com vistas a sistematizar das propostas advindas da comunidade escolar, melhorar  o diálogo na instituição e programar a execução das ações a serem desenvolvidas  definiu-se pela realização de reuniões semanais, nas quais são relatadas as ações em andamento, as demandas advindas da comunidade escolar e parceiros das áreas da saúde e da educação. Oportunamente, vale ressaltar que nestas reuniões são apresentadas e discutidas as propostas de execução de serviços e solução de eventuais conflitos internos vivenciados na própria instituição, ou, oriundos de fontes externas, consolidando, assim, o  processo de gestão democrática  nas ações pedagógicas e administrativas realizadas na instituição.
Neste sentido, discutiremos a importância de envolver a escola na ação humanizante e humanizada, tendo em vista a formação de profissionais comprometidos com a ação ética e moral, fundamentais ao exercício da plena cidadania.


Questão para análise:

Como se dá o processo de constituição do técnico em saúde enquanto sujeito?
Sumário Proposto (Para apresentar sua contribuição clique no link desejado)

1       Apresentação. 7

    • Educação profissional contemporânea
    • Educação no contexto do mundo do trabalho
    • Práticas colaborativas
    • Humanização na área da saúde
    • Pedagogia de projetos
    • Educação principiada pela politecnia
    • Mercado de Trabalho
    • Órgão representativos

3       Histórico da instituição. 8
3.1         PROEP. 8
3.2         PRONATEC. 8

4       O Ser Professor na formação de técnicos na área de saúde. 9
4.1         Profissionais envolvidos na formação básica. 9
4.1.1          O dilema da possibilidade de ter que deixar a instituição. 9
4.2         Profissionais envolvidos na formação específica. 9
4.2.1          O dilema da rotatividade profissional 9
4.3         Profissionais em exercício da ação técnico-pedagógica. 9
4.3.1          Equipe de direção e supervisão pedagógica. 9
4.3.2          Equipe de coordenação pedagógica. 9

      • Coordenação técnica de saúde bucal
      • Coordenação técnica de enfermagem
      • Coordenação técnica de nutrição e dietética
      • Coordenação técnica de análises clínicas
      • Coordenação de interação escola-comunidade
      • Coordenação de formação docente
      • Coordenação de interação professor-estudante
      • Coordenação de educação on-line
      • Coordenação de acompanhamento de projetos institucionais
5.         Profissionais em exercício da ação técnico-administrativa. 10
5.1          Supervisão administrativa. 10
5.2          Secretaria escolar. 10
5.3          Vigilância. 10
5.4          Limpeza/conservação. 10
5.5          Manutenção/suporte operacional 10

6       O Ser aluno/aluna na formação técnica na área de saúde. 10
6.1         O dilema do aluno/aluna trabalhador. 10
6.1.1          Turno noturno: dificuldades especiais. 10

7       Estratégias de formação humanizada na área da saúde
    • Núcleo comum da área da saúde
    • Núcleo específicos
. 10
     
    Curso Técnico de Enfermagem.. 11

      • Formação teórica
      • Atividades práticas simuladas
      • Atividades práticas com a comunidade
      • Atividades práticas supervisionadas

    Curso Técnico de Nutrição e Dietética. 11

      • Formação teórica
      • Atividades práticas simuladas
      • Atividades práticas com a comunidade
      • Atividades práticas supervisionadas
     
  Curso Técnico em Saúde Bucal 11

      • Formação teórica
      • Atividades práticas simuladas
      • Atividades práticas com a comunidade
      • Atividades práticas supervisionadas

      Curso Técnico em Análises Clínicas. 11

      • Formação teórica
      • Atividades práticas simuladas
      • Atividades práticas com a comunidade
      • Atividades práticas supervisionadas

8       Resultados e Discussões

9     Considerações Finais. 12

10     Referências Bibliográficas

[1] SILVA JR, Gílson Geraldino; SILVA, Hamilton José Mendes da. Impacto das importações de bens no prêmio salarial nos polos-setores de TIC brasileiros. Revista Economia & Tecnologia, [S.l.], v. 8, n. 1, jun. 2012. ISSN 2238-1988. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/ret/article/view/27600/18360>. Acesso em: 01 Out. 2013.
[2] SOUZA, Sinval Santos de et al. Mercado de trabalho no Brasil: de 1990 a 2010. Caderno de Graduação - Ciências Humanas e Sociais - UNIT, [S.l.], v. 1, n. 2, p. 13-17, fev. 2013. ISSN 2316-3143. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernohumanas/article/view/251/242>. Acesso em: 01 Out. 2013.



11    Anexos - Atas das Reuniões


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