Já se passaram muitos meses desde quando acessei a um jornal eletrônico via internet ou assisti ao noticiário de televisão e senti firmeza nas palavras do noticiante. Existe algum mistério por traz de cada notícia que nos faz pensar nas mensagens subliminares que se apresentam por trás da mensagem explícita. Não sabemos mais se existe algum político honesto; se a balança comercial está ou não em equilíbrio; se haverá ou não falta de água. Enfim, a velha e boa notícia que sempre nos ajudava a tomar as nossas decisões já não são mais as mesmas. Tudo o que nos informam tem a ver com alguma prática comportamentalista que desejam nos apregoar. Não sei mais se as pessoas que se assentam nas bancadas dos telejornais são jornalistas ou atores. Se estão representando a realidade ou cena de ficção. Até parece que estamos de volta aos tempos da ditadura televisiva, na qual as notícia s continham o conteúdo blindado do Estado, que pintava o governo como salvador e os revolucionários como os destruidores da pátria.
Quando vejo as principais autoridades brasileiras estampadas nas páginas dos jornais como se fossem os grandes meliantes da nação envolvo-me da mais profunda angústia. Por alguns momento viajo nos meus pensamentos e desejo acordar deste absoluto pesadelo no qual encontro-me envolvido. e quando acordo vejo que estamos no mesmo lugar.
Esqueço, então, das notícias e recobro a minha consciência no pragmatismo jurídico que diz: todos são inocentes até que se prove ao contrário. Mas como saber se estas pessoas serão julgadas com sabedoria se antes mesmo das batalhas nos tribunais serem travadas as ruas tremem ao clamor dos que gritam Fora!
Por que Fora?
Existem grupos gritando Fora e chamando o povo ao julgamento popular como se as eleições já não bastassem para definir pela aprovação ou reprovação de um candidato.
Certamente todos já ouviram falar que o povo tem o governo que merece. Discordo dessa frase. Não temos o governo que merecemos porque não sabemos mais se o que falam de uma pessoa é ou não é, verdade.
Haja visto o empobrecido debate presidencial das últimas eleições, no qual prevaleceu a baixaria, a violência gratuita e o desserviço prestado pelos candidatos que ao invés de se aterem às suas propostas, partiram para a luta dos gladiadores.
Pois bem, gladiadores. Acabamos por eleger o gladiador mais bem adestrado na espada. Mais forte no combate, mais astuto nas ações.
Passado o período eleitoral o degradante debate tomou conta do Congresso Nacional. Lá não se debate apenas os interessas da população brasileira. Debate-se as vaidades pelo poder ao custo do poder. Projetos de interesse nacional ficam para o segundo plano. Projetos de interesse nacional certamente não são de interesse de parte considerável dos parlamentares. E agora com essa. Enquanto os presidentes da Câmara e do Senado Federal gastam seu bom português para dizer que são inocentes, vêem suas reputações e capacidade para permanecerem à frente daquelas instituições cada vez mais abaladas.
E ainda tem o Fora Dilma.
Quem será digno de governar o nosso país na eventual confirmação dessa proposta alvoroçada de criminalizar a presidenta?
Parece inviável imaginar que alguém nesse país seja ainda justo. Visto que a lista do Petrolão que está apenas no começo já descarta grande parte dos nomes ora conhecidos. Se é que esta lista contém os pressupostos verdadeiros ou se são informações fragmentadas que muito mais nos atrapalham do que nos ajudam na tomada de decisão.
Com qual régua mediremos a honestidade dos brasileiros? Não temos como iniciar ou resolver este problema, principalmente porque não mais sabemos se existe alguma régua padrão neste país.
As informações já não são mais confiáveis. Sequer sei se sou eu mesmo quem vos escreve ou se sou fruto de uma mente controlada pelo aparelho que controla as meste dos tantos fragilizados neste país.
A propósito, já é hora de os covardes abandonarem o barco e de cada brasileiro e brasileira com algum pingo de sanidade enrolar-se na bandeira do nosso país e gritar basta de notícias sorrateiras e controladoras! Basta de desinformação!
Ou nos apresentam fatos contundentes ou deixem-nos em paz para fazer nossas escolhas segundo o nosso coração.
Na linguagem da ciência, se os dados não são confiáveis as conclusões são falaciosas.
O Ser Humano, no clamor da sabedoria interior precisará meditar sobre cada palavra que escuta para não ser levado ao abismo pelos seus algoses.
E se posso pedir algo a quem quer que seja, registro nesta frase:
Se os nossos cinco sentidos forem insuficientes para conhecer a verdade ou a mentira dos fatos, é importante que saibamos que na harmonia destes surge o sexto sentido, segundo o qual as verdades são temporárias e as mentiras são passageiras.
Enganam-se os que se julgam capazes de prevalecer com a mentira. Ao tempo certo, suas mentiras serão suas únicas verdades.
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