Quando criança eu tinha fama de falador. Mas qual criança que vive a liberdade para se expressar, não carrega consigo esta fama?
Falamos por temos o desejo de manifestar o que aprendemos, as nossas conquistas e os nossos desejos. Falamos porque dependemos dos outros e por que desejamos a co-participção de alguem em nossas vidas.
A fala nos abre para o mundo e nos liga ao contexto social na busca de outras reflexões para os nosso pensamentos.
Ao nos privar da fala, privamos ao outro de compreender as nossas construções e de avançar sobre o que projetamos. Furtamos ao outro o direito de enxergar pelos nossos olhos, ouvir pelos nossos ouvidos e de sentir pelo nosso paladar, oufato e tato.
A fala que propagamos cuida-se da expectativa de uma ação. Ninguém fala pela vivência do vazio. Falamos porque esperamos transformação.
Neste sentido cabe ao ouvinte a escuta além das palavras. Cabe a comprensão do sentido orquestrado pelo falante. E nisto implica não apenas o ato de escutar os sons que são articulados pala vibração das cordas vocais.
Não sei se é conveninete para uma compreensão mais ampla da realdade dos fatos apenas o ouvir as palavras do falante. Acredito que precisamos construir e reconstruir em nossas mentes, a estrutura de seus pensamentos. É preciso, portanto, dedicação.
Confesso que me sinto muito incomodado quando alguém de longe me grita, para me prestar um informação ou solicitar algo. Prefiro quando me chamam para perto e de perto me dedicam o falar.
O grito não tem como sustentar a fala porque distorce as expressões faciais e camuflam o sentimento dos que se comunicam. Para que se entenda o que falo, é bastante que se saiba que ninguém grita ao cantar,..., continua
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