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ÓDIO AO OUTRO, ÓDIO A SI MESMO

Alguns acontecimentos em nossas vidas nos trazem a oportunidade de refletir sobre a ideia de odiar ou amar ao outro, vejamos:

O ato de amar promove em nosso corpo diversos fenômenos químicos e biológicos que tranquilizam a mente, aliviam a musculatura e dão ao ser humano a sensação de felicidade duradoura.


O ato de odiar, por outro lado, promove a liberação de substância que resulta no enrijecimento da musculatura, na sensação de descontentamento, no descompasso do ritmo cardíaco e de tantos outros desconfortos ao corpo. 

Pergunta-se: faz bem odiar? Por que odiar ao outro se é o indivíduo que odeia, o que mais sofre?

Nos últimos anos a reflexão sobre este tema me permitiu experimentar a sensação de não odiar. De antes de mais alguma coisa, procurar compreender o outro como ser incompleto e carente de sentimentos que o torna imperfeito. Aliás, o ódio é a maior prova da nossa imperfeição.

Mas será que eu consigo não odiar?

Para não odiar, é preciso que o indivíduo se coloque constantemente no lugar do outro, que perdoe tantas vezes for necessário, que acredite que sempre há possibilidade de mudança, que a maldade pode ser passageira.

Para não odiar é preciso aprender a perder, é preciso questionar a própria opinião mesmo tendo certeza de que é a mais correta, é preciso tardar na decisão que prejudica ao outro e dar celeridade na decisão que o beneficia.

O ódio ao outro é o sentimento pelo qual o ser humano destrói a si mesmo.
O amor ao outro é o sentimento pelo qual o ser humano constrói e reconstrói a si mesmo.

Estas conclusões foram tiradas da tentativa de imaginar o que ocorre no meu ser quando profiro a palavra de desagravo ao meu semelhante. Tenho vergonha de mim mesmo e sequer consigo olhar em seus olhos.

Nesta semana alguém comentou comigo: " Ele é tão educado, mas tão educado, que ao conversar com ele eu digo para mim mesma, que sou educada, tenho que ser educada."

Quando o Grande Sábio pregava a não violência, certamente podia sentir que seu corpo sofreria menos se apenas o seu corpo fosse golpeado, mantendo sua guarda baixa, e não golpeando.

Antes dele, também o fez o Grande Mestre, quando submetido aos mais duros castigos, pediu clemência não em favor de si mesmo, mas em favor dos seus agressores.

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