terça-feira, setembro 06, 2011

QUAL É A RAZÃO PARA O AMOR?

Alguém já escutou falar que "o amor tem razões que a própria razão desconhece"? E sobre o gene egoísta que carregamos conosco?  



Depois de alguns anos de reflexão, posso concluir que o amor tem muito mais a ver com a inteligência do que com qualquer outra coisa. O amor é a principal ferramenta que temos para nos proteger dos infortúnios da vida.


O que esperamos de uma criança quando a ela dedicamos amor?

Espero que ela se torne uma pessoa amável e que a mim, possa dedicar um pouco de amor, principalmente, nos dias em que me tornar um frágil velhinho e sequer poder levar água a minha boca.

O que alguém pode esperar de uma criança fazendo-a sofrer?

Que seja bondosa ou hospitaleira?

Isso poderá acontecer, mas a probabilidade de não ocorrer será maior.

Existe inteligência em um ser humano que não cuida das crianças e a elas não lhes dedica amor e carinho? Creio ser questionável.

A inteligência impõe ao ser humano o senso de sobrevivência e o amor ao seu semelhante é maior a dessas manifestações.

A sobrevivência pode não ser apenas física. As vidas de alguns foram tão significativas que a sobrevivência ultrapassou as fronteiras do espaço e do tempo.

Seria um ato de inteligência na terra se todos abraçassem de uma vez por todas, o gesto de amar. Chegaríamos a tal ponto que não se discutiria mais sobre o sacrifício da vida do outro. Alguns, com prazer, dariam suas vidas em benefício da vida dos seus semelhantes. Conforme falou o Mestre: "prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão".

Diria eu, prova de inteligência maior não há, que doar a vida pelo irmão.

Na perfeição do amor, ou seja, da inteligência, a vida individual diminui em importância em favor da vida coletiva.

Não é assim que acontece em um ciclo familiar que busca a perfeição?

O esposo cede um pouco, a esposa também cede, os filhos apoiam e todos saem ganhando.

O único lugar onde todos ganham é o mesmo lugar onde todos estão dispostos a perder.

Uma outra forma de analisar a inteligência como ato de amor é aplicar-lhe o conceito de sabedoria. Aquele que encontra o cerne dos acontecimentos e que sobre ele insurge com a resposta perfeita, isenta de contestações, distante do que  chamamos de razão.

Estou convencido de que não amo por um ato de bondade ou humildade, mas amo porque é o único meio pelo qual encontro o caminho que o sábio conceituou como Paz.



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