Produto X processo: como avaliar?

Você deseja ser avaliado pelo produto apresentado ou pelo processo no qual esteve imerso para desenvolver suas ideias?

Se o produto é a única coisa que interessa então todos os meios podem ser aceitos, certo? Não.

Meios levam a finalidades tanto objetivas quanto subjetivas. Meios nem sempre consideram o empenho dos participantes ou mérito da vitória, ou mesmo as sequelas geradas às cobaias. Nem todos os meios são aceitáveis. Esta é a ética. O produto desvinculado dos meios pode trazer consigo toda a carga de destruições, toda a carga de contradições.

Se o produto é o que interessa. Então uma avaliação com todas as respostas certas é o que o que interessa? Ou mesmo um alimento produzido por escravos? Ou um órgão roubado para implantar em outro paciente.

Nem todo produto deve ser considerado válido pois se assim o for, muitos males serão desencadeados, sob a capa da legalidade.

Se o processo é o que interessa, então não devemos não devemos nos preocupar com o produto, certo? Não.

Precisamos de caminhos válidos para estabelecer nossos parâmetros de sobrevivência, aprendizagem e relacionamento interpessoal.

Nenhuma plantação será considerada, sem a estimativa da colheita. Nenhuma gravidez será benvinda se não houver a expectativa de nascimento da criança...

Processos inconclusos nos confundem, desestimulam, nos fazem abandonar pela sensação do fracasso.

Precisamos buscar o meio termo. Equacionar processo e produto, dentro de uma dinâmica possível.

Quando avaliado, devo apresentar o produto, mas quero fazer constar o processo, o meu envolvimento, as minhas motivações. É isso que defino por minha história. Minha epstemológica. Minha história de vida.

O produto cuja estrutura se dá na consolidação de um processo ético em moral é o que se espera que seja apresentado. É este que realmente precisamos, pois é, antes de tudo construtores de caminhos sustentáveis.