A liberdade da prisão do analfabetismo é o primeiro passo e importante passo. A partir deste lançamos um novo desafio, o da profissionalização. Precisamos lutar para que as ferramentas das letras ajude cada cidadão e cada cidadã a se apropriar das ferramentas e das técnicas necessária ao fazer. O fazer que consolida a liberdade para lutar pela conquista de melhores salários para que, dignamente promovam a sustentabilidade dos seus lares.
Hoje, 09 de maio de 2014 às 11:00, no Palácio do Buriti em Brasília, o Brasil de um pequeno salto para a realização da maior conquista na área da educação que se pode ter. O Ministro da Educação, Excelentíssimo José Henrique Paim entregou ao Governador do Distrito Federal o Selo Território Livre do Analfabetismo.
Em sua fala, o ministro lembrou do Educador Paulo Freire e de sua incessante luta pela causa da educação e pela garantia de que as pessoas, pelo poder da palavra, se tornassem sujeitos construtores de suas histórias. Já o governador, visivelmente emocionado lembrou das conquistas do seu governo em favor dos mais humildes.
Eu, juntamente com meus companheiros e companheiras de trabalho, em meio ao aperto das pessoas que se espremiam no salão principal do palácio, acompanhamos as poucas e contundentes falas em favor da luta dos trabalhadores e trabalhadoras alfabetizados e alfabetizadores. Estes, que de forma solidária relembraram a nós mesmos algo sobre os objetivos da luta dos educadores e educadoras:
Contribuir para que cada cidadão e cidadã exerça sua cidadania de forma plena, com dignidade, responsabilidade, cooperação, consciência, solidariedade, compromisso, respeito e fraternidade, Valores fundantes de uma sociedade que se pressupõe justa.
O DF tem se destacado nos últimos anos pelas denúncias de corrupção que atingiu importantes autoridades políticas e ao relatar em outras unidades federativas que somos moradores de Brasília, não escapamos das piadas sobre corrupção.
Eu, morador da periferia desta unidade, educador por vocação, naturalmente sinto-me constrangido ao ouvir comentários sobre este povo como se aqui houvesse se estabelecido o berço da corrupção, o que nem de longe seria verdade.
Nesta unidade federativa encontramos cidadãos originários de todas as partes do Brasil, o que me faz pensar que esta é a terra da solidariedade, que de braços abertos se encontra para receber os que para cá se destinam.
É bem verdade, que em muitos aspectos ainda somos aprendentes de outros estados, mas é bem verdade que a partir deste estado foram desencadeadas políticas públicas de importância inestimável para o país. A exemplo das políticas de transferência de renda, do respeitos a faixa de pedestres, das mudanças do sistema de acesso aos cursos superiores, dentre outras.
Este selo representa a conquista dos educadores e educadoras de cada canto do país que aqui se estabeleceram e que dos bons costumes dos seus Estados ajudaram e continuam ajudando a construir a cultura do Distrito Federal. Representa a conquista de governos sucessivos, que hora acertando e hora errando, foram delineando políticas de interesse público e social que enaltecem as qualidades deste povo. Representa a vitória do trabalhador que desejou partilhar da luz do conhecimento e que multiplicou sua jornada de trabalho para poder estudar as letras e mudar a sua forma de representar o mundo.
E aqui ressaltamos a importância de conviver uns com os outros, compartilhando significados, construindo ideias e realizando sonhos.
Hoje, da boca de um Deputado Distrital escutei que o Ser Humano precisa de três coisas para ser feliz: conhecimento, paixão pelo que faz e reconhecimento. As palavras do nobre deputado parece que representam bem este momento. Parabéns Paulo Freire, Parabéns DF, parabéns Brasil.
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