"Nosso destino nos escolhe. Não dar para fugir de quem somos"
Palavras deflagradas em um dos tantos filmes que assisti ao longo de minha vida. Na verdade em cada história que assisti, procurei me colocar no lugar do protagonista. Esta era a forma de me tornar alguém diferente de quem me sentia, de me fortalecer diante da dura realidade que se encontrava a minha volta e reconstruir o meu próprio personagem. Por outro lado, no momento em que o filme acabava, mas uma vez lá me encontrava com minha velha e boa realidade, tentando construir e reconstruir a minha própria filosofia. Aquela que me forjou e que certamente nas histórias que assisti, foram forjados parte primordial do enredo que assumi para mim mesmo.
Passados os anos, passei a reconhecer que não havia novas histórias para serem contadas. Todos os filmes que assisti na verdade se tornaram partes uns dos outros e de alguma forma, as cenas já não mais eram novidades para mim. Novidade mesmo era a minha própria vida, que permanecia diante dos meus olhos e que por muitas vezes desejei revogar para tentar viver histórias não destinadas a mim.
Destino, não sei em qual base teológica ou filosófica se assenta esta palavra, mas sei que de alguma forma somos chamados a refletir sobre ele mais cedo ou mais tarde. Nesta reflexão certamente constituímos ideais de acontecimento. Algo que venha a aplacar a angustia do nosso coração e trazer fio de paz a nossa alma. Neste momento recorremos à esperança. Algo que, contraditoriamente com todos os prognósticos nos permite tornar utopias em sonhos e sonhos em realidade. Não uma realidade apenas concreta no plano material, mas uma realidade concretizada no íntimo de nosso ser.
_ O que fazer com o que tenho de mim. Perguntaria a mim mesmo?
_ Algo melhor do que o que sou?
Alguém que conheço insiste em dizer que não há nada ruim que não possa piorar. Digo, contrariamente que não há nada melhor que não possa ser melhorado ainda. Bom ou ruim são pontos de vista que construímos e reconstruímos mediante as nossas expectativas. E para não deixar de repetir o jargão mais bem falado da história: "basta acreditar!".
No campo das possibilidades as chances por mais remotas que sejam, são as mesmas chances que precisamos para mudar a realidade.
A esperança não nasce dentro de nós, a esperança nasce conosco. Nasce para que possamos viver pois do contrário sopro de vida nenhum seria possível existir. E se o destino é de fato possibilidade, com o despertar da esperança, até mesmo o destino se curva e se redesenha para reconstruir novas realidades.
Que vivamos com esperança.
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