quinta-feira, novembro 15, 2012

Brasil

Brasil, proclamado és república
Resgatado,  pátria aguerrida
Em teu favor direciono súplica
Filhos teus, em vida constrangida

Brasil, generoso distribui teus frutos
Das terras úmidas provém salvação
Mas a ti falta melhorar os dutos
Para alcançar tua grande nação

Brasil, já conhecido no partir do pão
Em tuas fontes escoam muitas águas
Fortificado na superação das mágoas
De forma alguma trabalharás em vão

quinta-feira, novembro 08, 2012

O amor precisa ser cuidado

As complicações sociais com as quais nos deparamos nos últimos dias tem provocado nas pessoas um sentimento coletivo de que é preciso avançar rumo a um tipo de desenvolvimento diferente do qual  adotamos até o presente momento. Isto porque temos medo de que todos os valores históricos relevantes para a sustentabilidade humana sejam consumidos no mesmo ritmo do consumo dos recursos naturais no planeta Terra.
Aparentemente os seres humanos são os únicos seres no planeta capazes de refletir sobre a sua própria existência e, curiosamente, os únicos capazes de denegar a Terra, o direito de cuidar de todos os seres vivos, inclusive dos seus próprios semelhantes.
Cansado de destruir florestas e provocar a extinção de todas as espécies dependentes de ecossistemas específicos, o ser humano avança rumo ao processo autofágico, no qual consome a si mesmo.
Em uma primeira vista, podemos até pensar que sempre foi assim, ou seja, os povos antigos já guerreavam na competição por espaço, por comida e por água. No entanto, algo está diferente, já não sabemos mais pelo quê competimos. Todas as bandeiras antigas estão sendo, aos poucos, renegadas e esquecidas. O ser humano ver-se diante do risco de perder a capacidade de amar a si mesmo. Consumada esta fase, nada mais fará sentido. Lhe restará o abandono da consciência e a sobrevida pautada nos instintos primitivos dos quais, em um longo processo civilizatório procurou se libertar, mas que contraditoriamente, para estes mesmos instintos avança na medida em que perde a capacidade de amar. Amar não apenas uns aos outros. Amar os animais, as plantas, a água, o vento...
Certa vez, vi em um cartaz uma frase atribuída a Paulo Freire, na qual ele dizia que queria ser lembrado como uma pessoa que amou as pessoas, a natureza, os bichos,...
Pensei na ocasião sobre os motivos para Freire se dedicar tanto a falar de amor. Ora, falar de amor e uma sociedade que tanto confunde a representatividade desse sentimento parece algo utópico.
Hoje penso que não há outro caminho capaz de sustentar o ser humano em sua caminhada, senão o amor.
Diante dos meus olhos, se encontra a imagem das mãos de uma pessoa, segurando a planta do pé de uma criança, cuja medida que se segue até a altura do joelho, iguala-se à medida do pulso da pessoa. Abaixo da imagem está escrito: "Pai, seu amor me sustenta".
Recordo-me que sempre que o meu filho via essa imagem, afirmava que as mãos eram as minhas e que o pé era o seu.
Ora, das tantas conotações que a imagem e as palavras transparecem para mim, vem a minha mente o amor como pilar que sustém a vida.
O amor pode ser comparado a uma violeta cultivada em um vaso na janela da nossa casa. Todas as manhãs olhamos para a violeta e relembramos como estava no dia anterior. Observamos se existe apenas folhas ou se há algum botão de flor. Com cuidado, a alimentamos com água e nutrientes minerais. Com zelo movimentamos o vazo. Com carinho conversamos com ela. No dia em que as flores desabrocham, nos emocionamos e nos sentimos recompensados pelos cuidados dispensados à planta.
O amor exige cuidados. Não nasce pronto. Precisa ser cultivado. Se mal cuidado, perde o significado.
O amor é privilégio dos humildes, daqueles que não se sentem auto-suficientes, daqueles que confessam precisar uns dos outros.
O amor transforma um ser rudimentar em um ser sentimental. Faz sonhar com dias melhores. Recria as esperanças. O amor se apresenta como caminho pelo qual os seres humanos tornam-se verdadeiramente livres praticantes da cultura da paz.
  

quarta-feira, novembro 07, 2012

Viagem

Viajei nas asas do vento
vi minhas memórias passarem diante
dos meus olhos 
Contemplei minhas saudades
Restaurei minhas emoções.

Partilhei dos sonhos dos meus
queridos amigos e amigas
e  alegrei-me com suas vitórias

Observei a mim mesmo
ser pulverizado em sentimentos
E como o pó fui espalhado
por todo o perímetro terrestre

Vi a mim mesmo ser incorporado
Ao código das acácias e dos lírios
E como gostas cair lentamente sobre
as pétalas das flores de ipê
E suavemente regressar ao ceio da Terra.

Ao retornar do sonho, observei-me
com mais brilho nos olhos
E mesmo acordado, senti-me como
se permanecesse viajando
Sonhos revigorados
Sentimentos renovados.

Outros, em momentos anteriores
Já sonharam esse sonho
Ao cumprir o sentimento como profecia
Deram a vida pela minha existência

Essa vida que é não minha com exclusividade
Sou as muitas partículas de poeira
Condensadas em uma gota de gente
Sou as muitas gotas de água, compactadas
em um grão de pessoa.

Sou fruto de um sonho,
De uma esperança e de uma palavra.
Sou parte da Terra
Assim como a Terra é parte de mim.
Cuidando de mim, cuido da Terra,
Cuidando da Terra, cuida ela de mim.

segunda-feira, novembro 05, 2012

Escola: labirinto de ilusões

As dificuldades enfrentadas pelos governantes para estabelecer políticas públicas plausíveis que favoreçam a escola, no sentido da formação de pessoas capazes de exercer a cidadania de forma plena nos impõe a pensar na educação para todos como utopia, desejo inalcançável.

O desenvolvimento da psicologia educacional nos proporcionou razoável compreensão do quê, porquê e como as pessoas aprendem. Por outro lado, as conjunturas sociais, políticas e econômicas na sociedade promovem o direcionamento para a aprendizagem que se deseja que as pessoas aprendam, sob o argumento da oportunização da escolha, em detrimento dos seus próprios desejos e aspirações.

Neste artigo, buscarei demonstrar que a escola é um aparelho promotor de ideologia das classes dominantes e que as pessoas que nela ingressam passam metade de suas vidas em um labirinto de ilusões e a outra metade lamentando as escolhas que realizou.

Considero que o valor mais importante a ser alcançado pelo ser humano em sua caminhada é a felicidade. No entanto, o teatro armado diante de seus olhos faz com que mergulhe em um labirinto de ilusões, escravisando sua mente e pregando-lhe a falida sensação de esperança e harmonia. Enquanto escrevo estas palavras tenho dúvida se o faço para atender ao meu próprio desejo ou se não fui programado previamente para atender ao desejo externo de um outro ser dominante que aparentemente não conheço, mas que me impõe a escrever.

Se sou realmente livre, se realizo realmente minhas escolhas, se meus pensamentos realmente são meus, não sei. Apenas suponho que as decisões favoráveis ou desfavoráveis a susteentabilidade planetária são tomadas em um plano difereciado do qual me encontro. Vejo-me apenas como um pequeno grão de areia submerso em um mar de ilusões. Vejo-me incapaz de influenciar, mas constantemente influenciado pos fatores externos. Minha única proteção é a vulnerável carapaça que construí com as ferramentas que encontrei ao longo do caminho, bem como a esperança de que a força externa que governa o universo possa dedicar parte de seu precioso tempo delimitando o espaço de aproximação dos meus agressores.

Em algum momento da história, quando o ser humano teve a oportunidade de ser liberto das amarras que o aprisionava, não foi suficientemente corajoso, optou por permanecer conectado aos vínculos sensoriais, a ter que dar um salto para a consciência libertadora. Neste estágio os seres humanos não mais seriam conhecidos como indívíduos, mas como corpo comum, irmanados na consciência coletiva.

Dentre as guerras que travamos, quer seja pela destruição do outro, quer seja pela destruição de nós mesmos, cumpre-nos o desafio da sobrevivência, do resgate de valores e do retorno ao caminho do qual nos desviamos nos momentos de conflito.

Conflito. Parece algo fatalista que o ser humano tenha se desenvolvido preferencialmente nas tribulações das batalhas. Muitos inferem que grande parte do desenvolvimento científico tecnológico da humanidade foi proporcionado pelas constantes guerras que travou contra seus semelhantes. Guerras estas, em que nos tempos antigos, perecia a tropa e o comando, mas que em tempos modernos, perece apenas a tropa.

A guerra, que antes de ser um instrumento de defesa contra as nações inimigas, é um instrumento pelo qual as nações subjugam seus próprios povos.
A historia recente tem demonstrado que os líderes mais capazes de conduzir seus povos a vitórias contra os supostos adversários das nações foram os mais bem avaliados pelos cidadãos. O que demonstra que a necessidade de sobreviência ou o medo da instinção são fundantes nas escolhas das pessoas.

Medo, sentimento relativo, próprio daqueles que vivem a incerteza. Incerteza, proporcionalmente maior para aqueles que não conseguem processar com segurança e precisão, as informações das quais tem conhecimento.

Conhecimento, algo capaz de favorecer o desenvolvimento da inteligência desde que apresentado as pessoas na medida, no tempo e no contexto propícios.

Inteligência, algo incapaz de ser quantificada em sua totalidade, mas que pode ser mesurarada contextualmente, de acordo com as necessidades manifestadas pelos seres humanos.

Escola, lugar que em tese, é propício ao desenvolvimento da intelígência. Em tese, porque desenvolver a inteligência implica em:

Colocar-se diante do caminho imaginário;
Vislumbrar a possibilidade de caminhar;
Desejar percorrer o caminho;
Experimentar dar os primeiros passos;
Não parar de caminhar.
A estrada da aprendizagem não tem fim, paramos de aprender, quando paramos de caminhar.

Se me for perguntado direi sempre que: o maior desafio da aprendizagem não é aprender, mas sim, optar por um caminho que combine com as nossas expectativas, com as nossas necessidades e com o quanto estamos dispostos a nos dedicar a este aprendizado. Infelizmente, esta tomada de consciência não depende apenas de nós mesmos. A consciência mínima para nos colocar em ponto de partida depende do convívio com os nossos semelhantes. E neste sentido, estamos sujeitos às suas vontades e limitações. Eles podem nos fazer caminhar a partir do ódio ou do amor; da esperança ou do desepero; do desprendimento ou da avareza, i.e.

Neste sentido, questiono a mim mesmo, como mestre. Se sou eu capaz de favorecer o processo de aprendizagem de forma construtiva ou destrutiva. A despeito de todos os desatinos que possam existir. Imagino a possibilidade de que na vida de cada pessoa, possa passar ao tempo certo, pelo menos uma pessoa inspiradora. Capaz de lançar a semente de esperança. E que esta semente germine ao tempo certo e que possibilite as pessoas, o ato transformador em nível suficiente para fazer com que se sinta capaz de tornar-se alguém melhor aos seus próprios olhos.

Educação profissional

domingo, novembro 04, 2012

Art. 205 da Constituição de 1988: algumas reflexões

" A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho" 
Constituição de 1988, Art. 205.

Pressuõe que a vida em sociedade demanda um corpo de conhecimentos que favoreça as ações de registrar, construir e comunicar conhecimentos.
A considerar que somos seres históricos, que vivemos em constrante processo de transformação, o ato de registrar tornou-se imprescindível para a nossa sobrevivência. Assim, quando nos informamos, por exemplo, sobre a biblioteca de Alexandria, a forma como foi sendo construída, destruída e reconstruída ao longo do tempo, nos colocamos a pensar sobre os fatos que motivaram tais acontecimentos.
Certamente os motivos para a reconstrução, por um povo, e destruição por outro, convergiam. Ou seja, enquanto uns, desejasos do desenvolvimento intelectual progressivo das pessoas se esforçaram para o aumento da produção e divulgação  cultural,  outros, em sentido contrário, tentavam inibir ou ocultá-lo das pessoas, para fazer valer as ideologias segregacionistas.
Ora, enquanto para uns era importante informar, para outros, o importante era desinformar.
Passados dois milênios, novas formas de informação e desinformação permanecem sendo construídas, destruídas e reconstruídas. Mesmo com as determinações constitucionais, longo caminha ainda temos que percorrer para que a educação de qualidade efeitva se torne realidade.

Conforme pode ser observado, o Art. 205 reconhece a educação como direito, que  não pode ser cessiado as pessoas e aponta o Estado e a família como seus promotores e guardiões.

Convém ressaltar a importância de lembrar que a participação de um com o outro(Estado e família), ou a negligência de um e/ou de outro são fatores detrerminantes da boa ou da má qualidade da educação. Ou seja, apenas um ou outro, trabalhando para a garantia desse direiro, há dúvidas se a efetividade será plena.

Há que se tomar consciência de que a educação a que se refere a Constituição não é outra senão aquela  capaz de favorecer a pessoa humana em pelo menos três condições fundamentais:
  • pleno desenvolvimento;
  • exercicício da cidadania;
  • qualificação para o trabalho.
Esta tríade nos induz a relebrar a tríade dos saberes: conhecer, conviver e fazer, cujo equilíbrio leva ao fundamento essencial da vida humana em estado pleno de satisfação: ser. Estes saberes, uma vez desenvolvidos, aumentam as chances de que as sociedades tornem-se menos injustas.


Figura composta a partir dos quatro pilares da educação segundo Delors, 2001.


DELORS, Jacques.Educação: Um Tesouro a Descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre educação para o século XXI - 6 Edição. - São Paulo:UNESCO, MEC, Editora Cortez, Brasília, DF, 2001, p. 82-104.

sexta-feira, novembro 02, 2012

FARINHA DE BANANA VERDE

Toda doença tem uma causa
Algo para se explicar
Excesso, falta ou corpo estranho
É preciso averiguar
Men sana, corpore sano
Uma coisa é ver, outra é contar.

Desde o ventre da mamãe
Convém se observar
Se o corpo está em equilíbrio
Testes podem auxiliar
Gotícula de sangue é suficiente
Glicose a se determinar.

Havendo excesso, o alimento
Precisa se diferenciar
Farinha de banana verde
Podemos apresentar
Como alternativa
Para a glicose equilibrar.

Em sua composição
Contém fibra alimentar
E outros tantos benefícios
Depois irei ressaltar
Seu preparo é muito simples
Espere que eu vou contar:

Basta o fruto verde descascado
Bem fininho fatiar
Colocar em uma bandeja
E ao sol desidratar
Levar ao liquidificador
Para em farinha transformar.

O processo está completo
Basta se deliciar
No pão, torta ou vitamina
Pode-se acrescentar
Não haverá interferência 
No aroma ou paladar.

Por outro lado o benefício
Pode se contabilizar
Corpore sano, men sana
trocadilho a experimentar
Da saúde da mamãe
O bebê vai se agradar...

BANHO

Por que tomamos banho?
Vale a pena perguntar.
Cada qual tem seu motivo
individual ou coletivo
depende do tempo e lugar.

Banho é programa social
com água doce ou de sal
Para bronzear ou limpar.

Têm os que gostam de lama
Dela fazem mesa e cama
Só pra poder refrescar.

Têm os que fogem da água
molhados ficam com mágoa
temem seu cheiro mudar.
Se são feitos de açúcar,
temem poder desmanchar.
Se da família de bode,
Temem até gotejar.
Ou ainda é Cascão
Para que banho é punição
alegria é escapar.

Na origem do problema,
analisando cada lema,
tudo parece validar!

Em um país tropical,
com um calor sem igual,
é preciso aliviar.

Já em baixa temperatura,
banho frio é tortura,
Banho quente é de entortar.

Mas para quem acredita
que todo banho é limpeza
parece não ter clareza
do porquê de se banhar.

Quem quer higienização,
são três partes principais,
não desprezando as demais,
para poder se cuidar.
Água e sabão não mata germe,
remove apenas da derme,
o que insiste em acumular.

A superfície do corpo,
é como um grande celeiro,
compra-se sem ter dinheiro,
é só pegar e levar.
Conforme o departamento,
o odor é pagamento,
Algo a comunicar.

Se gordura é proteção,
Bode é quem tem razão,
de água tanto evitar.
Por outro lado o Cascão,
entra na contra mão,
se deseja namorar.

Água fria, água quente,
gato escaldado é quem sente,
A hora de se molhar.

ÁTOMOS E SUBSTÂNCIAS

Prótons, nêutros e elétrons
Interagem pra formar
Todos os tipos de átomos
Excerto o mais elementar.

Núcleo de carga unitária
não tem com que repulsionar
Abundante em nosso sol
É combustível nucrear.

Gerando outros elementos
Energia faz dispensar
Para iluminar nosso planeta
E vida se manifestar.

120 elementos
A tabela faz constar
7 linhas e dezoito colunas
Tudo para organizar:
propriedades periódicas,
e dados correlacionar.

Ditrimitre Mendeleev
De tanto carta embaralhar
Previu elementos novos
Antes de se encontrar.
Dada a sua genialidade
E a lógica peculiar.

 As partículas das substâncias:
íons-fórmula ou molecular,
surgem quando oito elétrons
cada átomo completar,
em suas últimas camadas
para se estabilizar.

Primeira igual a última,
apenas dois deve restar.
Se o elemento for gás nobre,
permanece como está.

A eletronegatividade
define as forças de atração,
entre átomos e elétrons
e a energia de ligação.

Exotérmico endotérmico,
distância de aproximação.
são fatores importantes
Em cada transformação.
Se libera energia,
se ocorre absorção,
cada processamento,
cada utilização.

Eletronegatividades semelhantes
dá ligação molecular.
Elétrons são compartilhados,
para cada átomo equilibrar.

Exemplo gás oxigênio:
fotossintetizado nos vegetais
Comburente da combustão
Reduzido em células animais.

Ao mesmo tempo nos dá vida
e lembra que somos mortais.
A oxidação do nosso corpo
é parte dos efeitos colaterais.

Eletronegatividades discrepantes,
iônica é o tipo de ligação.
Um átomo recebe elétrons
enquanto o outro faz a doação.

Ânions e cátios é o que forma,
surge força de atração
Sinal de menos e de mais
Forma de representação.

Exemplo cloreto de sódio:
inserido na alimentação,
separado da água do mar,
por processo de evaporação.

Com cristais de cor branca
Possui alto ponto de fusão
No estado sólido é isolante
Nos demais dar-se-á condução.

O ÁTOMO

Para entender a matéria,
lógica filosofal.
Surgiu na antiga grécia,
partícula primordial.
Por Tales de Mileto,
princípio fundamental:
o elemento água,
compondo o mundo material.

Sob outro fundamento,
anaximenes disse: ar,
é tão somente o elemento
Erácrito, por outro lado,
apresenta fogo em argumento
Empédocles afirma todos!
Sendo terra o complemento.

Aristóteles, a teoria
resolveu reformular.
Afirma matéria é:
terrafogoáguaar.
E muitos estudiosos,
resolvendo corroborar,
por muito tempo tais idéias
não puderam superar.

Mesmo Demócrito e Leucipo,
com um novo interpretar.
E a excelente conclusão
da matéria particionar:
o limite era o átomo,
e de tudo o começar.
A teoria de Aristóteles
permaneceu a vogar.

Posteriormente os alquimistas,
com o princípio vital.
Introduziram o flogístico,
elemento primordial.
Soma-se aos outros quatro
no mundo existencial.
Mas Lavoisier com a balança
e resultado cabal.
Derruba o flogístico,
com teoria especial.
Se torna pai da Química,
uma ciência experimental.

Dalton estudando gases,
Demócrito e Leucipo fez lembrar:
Átomo indivisível,
com diferença peculiar.
Combinam-se em pequenos números,
Íon-formula, molecular.
Suas massas são distintas
não podem mais particionar.
Porém cargas elétricas,
fazem Thomson postular
O átomo possui prótons e elétrons
Juntos a se neutralizar
Pudim e passas um novo jeito
Do átomo representar.

Outros avanços tecnológicos,
levaram a descoberta da radiação
Rutherford com lâmina de ouro,
em estudo de refração:
o átomo contem pequeno núcleo
e espaço vazio, é a conclusão.
Bohr lançando sobre o átomo,
energia em níveis de emissão.
Observa que parte absorve,
e parte ocorre liberação:
Átomo, níveis de energia,
eis a complementação.

Átomo, porque não vemos,
temos que teorizar.
Sobre fatos experimentais,
para estrutura desvendar
E por mais de 2000 mil anos,
tudo é recomeçar.
Quântica e teoria das cordas,
é caso novo a se pensar.