Ao que parece já não se pode mais falar que o impeachment da presidenta Dilma não ocorrerá. Tudo já está desenhado para ser consumado. Parte da população brasileira manifesta apoio, a câmara dos depurados por maioria qualificada diz não a presidenta, o supremo tribunal federal diz que o rito é legal, a polícia federal dá sinais de que sairá de cena, o empresariado comemora e a imprensa cria o clima de foi melhor assim. Pobre povo brasileiro, que assina a plena autorização para a derrocada de todos os princípios éticos e morais sobre os quais foi desenhada a nossa constituição. No momento em que Michel Temer tomar posse como presidente da república já não mais poderemos falar em liberdade de expressão. Todas as falas realizadas contra a "verdade" dominante será motivo de intolerância. As transformações pelas quais passará o povo brasileiro irão muito além do que hoje se imagina. Não haverá mais fronteira entre o certo e o errado. O que determinará se algo será certo ou err...
Abril, 17, o dia em se concretizou no Brasil, o descortinamento de uma nova política, clara cristalina, do somatório de vinganças pessoais contra um sistema de poder cuja capa é o combate a miséria e a distribuição de renda e cujo cerne é o mesmo jeito de se fazer política desde os tempos de invasão do Brasil. Pobre povo brasileiro, que acreditou na real autoria da derrubada de presidentes mas que mais uma vez se constituiu na massa de manobra para uma reviravolta política em cujo cenário se escondem múltiplos interesses, múltiplos inimigos declarados em favor de um desconstituir alguém eleita como inimigo público em comum. _ Por que derribar a Dilma? _ Me pergunto. A classe política afirma que ela foi arrogante e que acreditou ser capaz de governar o país sozinha; A bancada ruralista afirma que ela foi tolerante com os movimentos sociais que a todo instante ameaçam invadir a terra; A bancada evangélica diz que ela é favorável ao casamento de pessoas do mesmo sexo;...