quarta-feira, agosto 25, 2010

UMA LÓGICA PARA A VERDADE

As relações humanas perpassam necessariamente pela troca de informações que são propagadas a partir do cérebro e externalizadas de forma indireta.
Quando respondemos a uma pergunta formulada por nossos interlocutores podemos nos utilizar de "verdades" ou "mentiras".

A partir das nossas respostas são desencadeadas reações diferentes em nossos corpos. Os olhos, os músculos, o inspirar e o expirar, a salivação, i.e. Cada ato denuncia as nossas respostas.

A verdade relaxa, a mentira enrigece,
A verdade fortifica, a mentira enfraquece,
A verdade liberta, a mentira aprisiona.
Será que isso é verdade?

Porque mentimos?

Mentimos para ocultar,
Para evitar acontecimentos,
Para nos proteger ou para proteger alguém,
Mentimos para causar mal,
Mentimos para causar o bem,
Mentimos para nos enganar.

O bem-estar do nosso corpo e mente ocorre necessariamente quando trabalham em harmonia.

Respostas mentirosas desencadeiam reações mentirosas. O corpo se confunde e aprende a produzir respostas também mentirosas.

Alguém aí já falou que estava doente, quando sabia que não estava, e logo em seguida adoeceu?

O corpo acredita no cérebro, porque trabalha segundo o seu mandado.

Bom é que o corpo concorde com a mente e que a mente concorde com o corpo. É neste equilíbrio que reside o bem-estar.

Bom seria se falássemos sempre a verdade e se a pudéssemos introjetar em nossas práticas. Bom seria se pudéssemos banir a mentira das nossas respostas, porque são elas que mais danificam o nosso corpo.

O que você sente quando mente?

Eu já vi pessoas afirmarem que não aguentavam mais mentir.

O que você sente quando fala a verdade?

Eu já vi pessoas afirmarem sentir um grande alívio.

A verdade é tão somente a concordância entre o que pensamos, sentimos e determinamos que o nosso corpo manifeste. A verdade é o que esperamos, o que acreditamos e o que para o nosso próprio bem, ensinamos aos que buscam.

A nossa mentira pode ser tomada como verdade pelos nossos semelhantes e para eles pode não causar mal algum. O que chamamos de inocência, é o que os protege. Porque se para eles é verdade, não existe desarmonia.

E nós estudantes e professores, estamos falando a verdade em nossas práticas diárias? Estamos sendo justos nas avaliações que fazemos de nós mesmos e dos outros?

Se estamos mentindo, certamente estamos sofrendo. Parar de sofrer perpassa necessariamente por parar de mentir. Assumir as nossa dificuldades e as nossas imperfeições é o primeiro passo para a cura.

Se não estamos aprendendo, podemos pedir ajuda?
Se não cuprimos com o nosso dever, é justo apenas copiar do outro?
Se não gostamos do professor, podemos ser sinceros com ele?
Se não gostamos do aluno, podemos aprender respeitá-lo?

Essas são algumas das perguntas que precisam ser respondidas com verdades. Sem disfarces. Sem contornos.

Eu já disse e torno a repetir:

Prefiro acreditar naquele que só fala bem de si mesmo, do que naquele que só fala mal do outro. O que fala bem de si mesmo demonstrará por suas ações se fala ou não a verdade. O que só fala mal do outro, remove de si a responsabilidade da palavra verdadeira porque ao acreditar que o outro é mal, cria para si falsas verdades.

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