Alguém já escutou falar que "o amor tem razões que a própria razão desconhece"? E sobre o gene egoísta que carregamos conosco?
Depois de alguns anos de reflexão, posso concluir que o amor tem muito mais a ver com a inteligência do que com qualquer outra coisa. O amor é a principal ferramenta que temos para nos proteger dos infortúnios da vida.
Alguns acontecimentos em nossas vidas nos trazem a oportunidade de refletir sobre a ideia de odiar ou amar ao outro, vejamos:
O ato de amar promove em nosso corpo diversos fenômenos químicos e biológicos que tranquilizam a mente, aliviam a musculatura e dão ao ser humano a sensação de felicidade duradoura.
Dentre os temas em discussão na sociedade ocidental, talvez o medo da morte e da velhice sejam os mais apavorantes. Estes medos certamente favoreceram em grande medida a corrida pelo desenvolvimento de tratamentos que retardam os efeitos do envelhecimento ou pelo menos promovam o disfarce.
O alto grau de competitividade no qual se encontram os jovens na atualidade, bem como a peculiar incerteza quanto a profissão a ser seguida lhes impõem dúvidas que sob meu olhar poderiam ser facilmente dirimidas se o foco norteador fosse a solidariedade.
Nos últimos dias, tive a oportunidade de realizar alguns atendimentos que me proporcionaram tal reflexão.
Muito se tem falado que a palavra falada para a pessoa certa e no momento certo é a palavra transformadora. Que temos dois ouvidos e uma boca, por isso devemos escutar mais e falar menos porque quem fala demais, fala o que não deve ser falado. Mas com base em que construímos a nossa fala?
Quando criança eu tinha fama de falador. Mas qual criança que vive a liberdade para se expressar, não carrega consigo esta fama?
Falamos por temos o desejo de manifestar o que aprendemos, as nossas conquistas e os nossos desejos. Falamos porque dependemos dos outros e por que desejamos a co-participção de alguem em nossas vidas.
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice. (Émile Zola)
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)
O amanhecer se aproxima. Deitado em minha cama observo os primeiros sinais de que o novo dia está chegando. A escuridão já não existe mais e o cantar do galo decreta que o nosso período de descanso acaba de completar-se.