Nos finais de semana era comum haver reuniões na casa de meus avós dentre os familiares e alguns dos amigos mais próximos. Eu, ainda criança não podia me meter nas conversas, mas ficava escutando tudo o que era comentado. Falava-se das plantações, das chuvas que tardavam a cada ano e das coisas da vida cotidiana.
A casa dos meus avós se localizava no alto de uma serra e a água das chuvas captada nos barreiros em um ano tinha que durar até o ano seguinte, e quando isso não acontecia, tínhamos diante de nós um grande desafio.
Naquela época eu não tinha conhecimento se a água já era vendida em garrafas, mas me recordo que as pessoas de mais idade se incomodavam muito com a possibilidade de em dias futuros ser preciso comprar água engarrafada.
" Nesses dias compadre, vamos ter de comprar água na garrafa à 2 tõe".
Não é a 2 tõe que compramos uma garrafa de água nos dias atuais, mas é a R$ 2,00.
Na verdade não pagamos pela água. Se tivéssemos que valorar o seu custo ambiental não teríamos condições de pagar por ela. O valor que pagamos corresponde aos custos laborais que envolve todo o processo que se desencadeia da fonte ao ponto de venda.
A viagem da água até nós inicia-se nos rios, lagos, mares e oceanos. Ao receber os raios solares, as moléculas migram do estado líquido para o estado gasoso e se elevam na atmosfera ao sabor do vento para uma viagem que pode durar milhares de quilômetros.
Conforme as condições de temperatura e pressão, essas moléculas formarão gotículas e farão parte das nuvens que poderão vir a precipitar sobre nossa localidade e poderão recompor as nossas reservas.
Já nos meus tempos de criança eu acreditava que precisava ganhar alguma coisa para transportar um lata de água do barreiro para o pote da casa de minha avó. Imagine se eu tivesse que transportar água lá do Oceano Atlântico ou do Pacífico para abastecer a minha casa no Planalto Central do Brasil?
Certamente uma garrafa de água não poderia custar apenas R$ 2,00. Portanto, fico feliz em saber que não tenho que pagar por toda essa viagem da água porque a natureza já faz isso por mim.
Por outro lado, o fato da água chegar a minha casa a um baixíssimo custo, não me confere o direito de promover o desperdício. Pelo respeito à natureza e, também, pelo respeito à todas as pessoas que compartilham comigo a utilização deste e dos demais recursos naturais.
É fato que as crianças da atualidade no local onde moro não enfrentam os mesmos problemas que enfrentei na infância, quando muitas vezes precisava "tomar banho de cúia" por causa da escassez deste recurso. Por outro lado é igualmente verdade que muitas pessoas espalhadas pelo mundo afora lamentam a falta de água potável para beber.
Apesar do Brasil ser um país onde a quantidade de água per capita é consideravelmente grande, diversas manifestações da natureza sinalizam que precisamos nos mobilizar para que não venhamos a enfrentar a escassez.
Neste sentido não basta apenas reduzir o consumo, precisamos buscar alternativas eficazes contra a poluição e o desmatamento. Estas medidas mais do que nunca, se encontram diante de nós, e cada brasileiro tem condições de se manifestar a favor.
Neste ano de 2010 por vários dias pudemos notar que houve falta de água em nossas casas em Planaltina.
A maior parte da água que nos abastece provém de lençóis freáticos e não se pode fazer a captação dessas fontes sem o equivalente reabastecimento anual, sob pena de termos que enfrentar no futuro não tão distante, o temeroso desabastecimento.
Nos últimos anos a cidade avançou bastante rumo às reservas ambientais. Elas além de ser o precioso refúgio da nossa fauna e flora, funcionam como verdadeiras portas de entrada para o abastecimento dos lençóis freáticos. Respeitar as reservas, portanto, trata-se de questão de sobrevivência.
Neste sentido está mais do na hora de passarmos a cobrar de nós mesmos e dos nossos governantes, o desenvolvimento de ações voltadas para a eficiente utilização dos recursos naturais.
Durante todo o mês de novembro o nosso assunto na escola será água. Buscaremos com a utilização de experimentos promover o debate sobre as propriedades da água e sobre como o Ser Humano, enquanto Ser Histórico se apropriou deste recurso e fez dele a mais notável fonte de desenvolvimento.
Como vocês poderão perceber, os experimentos se encontrarão instalados no pátio da escola e será por meio deles que iniciaremos o debate.
Com antecipação agradeço a todos vocês.
Um grande abraço.
1º experimento - aparelho de refrigeração
As imagens abaixo revelam partes de um sistema de refrigeração quando ainda se empregava CFC como fluido refrigerante. O motor posicionado ao centro na primeira imagem é responsável pela compressão do fluido no sentido do condensador posicionado do lado direito. A segunda imagem revela a chegada do fluido ao congelador por um tubo estreito e consequente escape para um outro tubo de dimensão superior. É quando ocorre a expansão de parte do fllúido com consequente absorção de calor. Na etapa seguinte essa mistura passará pelo dispositivo de evaporação, completando co ciclo. No detalhe da segunda imagem pode-se observar a formação de uma camada de gelo, o que denuncia o abaixamento de temperatura.
Questões em debate
3º ano - refrigeração X conservação de alimentos
2º ano - CFC X camada de ozônio
2º Experimento - Destilação
No ano de 2007 enquanto debatia o tema destilação em uma turma da primeira série do ensino médio manifestei para os alunos a minha preocupação quanto ao desperdício e água no processo. Foi aí que um aluno me surpreendeu com a seguinte pergunta:
_ Porque o Sr. não inventa um sistema para fazer a destilação sem desperdício de água?
Tomei o desafio para mim e para o grupo de alunos e trabalhando em horário contrário ao das aulas construímos esse sistema apresentado nas imagens abaixo.
As imagem acima apresentam a água destilada colhida no copo e a água de refrigeração que sai ao lado. Neste sistema a água que cai na caixa da parte inferior pode ser reenviada à caixa da parte superior e realimentar o processo. Este foi o ponto de partida para construção de outros experimentos que utilizam água e serviram de base para a minha dissertação de mestrado intitulada O reúso da água como tema gerador para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem de ciências.
Questões em debate
- destilação X mudanças de estado físico
- mudanças de estado físico X temperatura e pressão
- reúso de água X sustentabilidade.
1º experimento - aparelho de refrigeração
As imagens abaixo revelam partes de um sistema de refrigeração quando ainda se empregava CFC como fluido refrigerante. O motor posicionado ao centro na primeira imagem é responsável pela compressão do fluido no sentido do condensador posicionado do lado direito. A segunda imagem revela a chegada do fluido ao congelador por um tubo estreito e consequente escape para um outro tubo de dimensão superior. É quando ocorre a expansão de parte do fllúido com consequente absorção de calor. Na etapa seguinte essa mistura passará pelo dispositivo de evaporação, completando co ciclo. No detalhe da segunda imagem pode-se observar a formação de uma camada de gelo, o que denuncia o abaixamento de temperatura.
Questões em debate
3º ano - refrigeração X conservação de alimentos
2º ano - CFC X camada de ozônio
2º Experimento - Destilação
No ano de 2007 enquanto debatia o tema destilação em uma turma da primeira série do ensino médio manifestei para os alunos a minha preocupação quanto ao desperdício e água no processo. Foi aí que um aluno me surpreendeu com a seguinte pergunta:
_ Porque o Sr. não inventa um sistema para fazer a destilação sem desperdício de água?
Tomei o desafio para mim e para o grupo de alunos e trabalhando em horário contrário ao das aulas construímos esse sistema apresentado nas imagens abaixo.
Questões em debate
- destilação X mudanças de estado físico
- mudanças de estado físico X temperatura e pressão
- reúso de água X sustentabilidade.
-De que forma a camada de ozonio benefia a vida na Terra???
ResponderExcluirEm volta da Terra há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3), que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na superfície terrestre, o ozônio contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida. Mas, nas alturas da estratosfera (entre 25 e 30 km acima da superfície), é um filtro a favor da vida. Sem ele, os raios ultravioleta poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta.
-Quais os problemas causados pelos raios ultravioleta?
Apesar de a camada de ozônio absorver a maior parte da radiação ultravioleta, uma pequena porção atinge a superfície da Terra. É essa radiação que acaba provocando o câncer de pele, que mata milhares de pessoas por ano em todo o mundo. A radiação ultravioleta afeta também o sistema imunológico, minando a resistência humana a doenças como herpes.
Os seres humanos não são os únicos atingidos pelos raios ultravioleta. Todos as formas de vida, inclusive plantas, podem ser debilitadas. Acredita-se que níveis mais altos da radiação podem diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. A vida marinha também está seriamente ameaçada, especialmente o plâncton (plantas e animais microscópicos) que vive na superfície do mar.
-O que está acontecendo com a camada de ozônio?
Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo a camada de ozônio. Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Desde então, têm se acumulado registros de que a camada está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões próximas do Pólo Sul e, recentemente, do Pólo Norte.
Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem com ele. Tais substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, conhecido como efeito estufa. A lista negra dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFCs.
Patricia Êmile 2G
2º ano - CFC X camada de ozônio
ResponderExcluirO CFC apontada por muitos como a principal causadora de danos atmosféricos, nas últimas décadas, parecia à solução perfeita aos problemas da refrigeração, por não se dividir e não causar danos ao seres vivos, muito melhor que o produto anteriormente utilizado, a amônia. Porém, o CFC sofre fotólise quando submetidos à radiação ultravioleta, isso por que eles eram muito estaveis na troposfera, porém, na estratosfera ele torna-se instável, devido ao cloro ser sensível aos raios ultravioletas e se decompor e fazer o ataque às moléculas de ozônio. Como a camada de ozônio demora bastante tempo para se recuperar e a ser humano cada vez mais degrada a camada de ozônio isso gera o aquecimento do Planeta Terra. Existem hoje vários projetos para diminuir a ultilização dos CFC, mas eles têm sido dificultados pelo seu uso principalmente na refrigeração. Uma das alternativas tem sido os hidroclorofluorocarbonetos (HCFC), haloalcanos em que nem todos os hidrogênios foram substituídos por cloro ou flúor. Seu impacto ambiental tem sido avaliado como sendo de apenas 10% do dos CFC. Outra alternativa são os hidrofluorcarbonetos (HFC) que não contêm cloro e são ainda menos prejudiciais à camada de ozônio, porém apresentam alto potencial de aquecimento global, ou seja, eles contribuem para o aumento do efeito estufa. Com isso o CFC ainda é o meio mais usado e por enquanto o gásde refrigeração que agride menos a natureza e o ser humano.
Camila F. Da Silva 2º A
Antigamente não havia refrigeradores, essa tecnologia veio surgi após algumas décadas, pois bem, sem o refrigerador não era possível conservar alimentos e estragavam facilmente, mas hoje em dia, o uso do refrigerador trouxe muitos benefícios às pessoas. Mas, por outro lado, prejudica a sociedade, pois o gás que é utilizado nos refrigeradores causa a destruição da camada de ozônio que é um dos problemas bastante sério nos dias de hoje, pois afeta a vida de todos os seres humanos. Com o desenvolvimento industrial, começou a serem utilizados produtos (como o refrigerador, por exemplo) que emitem clorofluorcarbono (CFC), um gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3), causando assim a destruição dessa camada da atmosfera. As ineficientes tentativas de se diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se substituir esse gás, principalmente nos refrigeradores, fez com que o buraco continuasse aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade.
ResponderExcluir- Reportagem: da PrimaPagina, no site do PNUD
A parceria entre o governo brasileiro e o PNUD nos centros de reciclagem de clorofluorcarbono (CFC) espalhados no país já impediu que fosse lançado à atmosfera o equivalente a dez mil toneladas métricas (t) do gás nocivo, que contribui para a destruição da camada de ozônio, que protege a superfície da Terra. Os dados estão no relatório Delivery on Commitments, que analisa as atividades da agência da ONU no período 2009/2010 e elogia a aliança do órgão no Brasil para pôr fim à utilização de CFC no território.
O primeiro passo foi à eliminação da produção, da importação e do uso do gás nos novos equipamentos de refrigeração produzidos no país. Ao evitar o lançamento à camada de ozônio das dez mil toneladas métricas de CFC, o Brasil foi além e antecipou em três anos o cronograma fixado pelo Protocolo de Montreal, acordo multilateral estabelecido para controlar as emissões de substâncias que destroem a camada de ozônio.
Agora, o foco está nos refrigeradores antigos e o objetivo passa a ser a garantia da extração e destruição, de forma segura, da substância nos cerca de 11 milhões de equipamentos velhos que contêm CFC no Brasil.
Michelle Maria 2º F