Segundo sabemos, o Brasil é um país onde a maior parte das pessoas acreditam na existência de um Deus único conforme descrito na Bíblia, livro sagrado daqueles que vivem a vida em Jesus Cristo.
Ainda nos meus tempos de criança, ouvia as pessoas falarem no nome de Jesus Cristo como o Filho de Deus e ao acreditar nestas falas como expressões da verdade, me sentia muito bem.
Havia alguém que eu não podia ver com os meus olhos materiais mas que podia lhe falar, lhe pedir, conversar. Ainda que parecesse um monólogo, ao final da conversa, havia um sentimento de alívio e de tranquilidade.
Na medida em que fui crescendo o meu falar com Deus ora se intensificou, ora foi atenuado, dependendo das minhas necessidades. Ou seja, sempre que eu estava necessitado, elevava minha mente aos céus, e de Deus buscava as respostas.
O fato de estar vivo e podendo me comunicar nos dias atuais, é na verdade, uma combinação probabilística tão pequena que poderia definir como improvável.
A que se deve este fato?
Alguns poderiam dizer que se deve ao acaso, outros poderiam dizer que se deve ao destino.
Direi como ponto de partida que se deve simplesmente aos planos de Deus que foram traçados e encaminhados na minha vida.
No princípio da nossa fé, podemos acreditar em Deus pela autoridade do nosso pai, da nossa mãe ou de um líder religioso que assim nos ensina.
Muitas vezes aqueles que nos ensinaram a acreditar em Deus entram em contradição em seus discursos no que se refere a aplicação nas próprias vidas.
Desacreditando neles, desacreditaremos em Deus?
Acreditar em Deus pode até ter a ver com o que nos falam sobre Deus, mas será a nossa experiência com Deus, que contribuirá efetivamente para a nossa fé.
Existem pessoas que confessam acreditar em Deus. Será que todos que assim o fazem são seguidores de Deus e do que ele mesmo nos ensina?
Como Deus nos ensina?
Essa é a nossa experiência com Deus. Com um poder que está acima de qualquer coisa que possamos imaginar.
Deus existe?
Alguns tentam provar que não. Os que nele acreditam apresentam suas experiências de vida como prova como condição de Existência.
Acredito que tentar provar a existência de Deus é um daqueles paradoxos que conduzem ao sim ou ao não, conforme o referencial apresentado.
Aqueles que crêem, têm interesse em provar que sim. Aqueles que não crêem, têm interesse em provar que não.
Mas existe algo a se questionar no método a ser apresentado por ambos os grupos.
Qual é o interesse em discutir-se este assunto?
Os que crêem em Deus convivem muito bem com as explicações encontradas a partir da meditação e da fé.
"Provar" que Deus não existe traria algo de bom para a humanidade?
Quando a humanidade renegou a existência de Deus e agiu segundo as suas próprias Leis, embrenhou-se na incerteza e na destruição.
Quando a humanidade aceitou a existência de Deus, cultivou a esperança e a solidariedade.
Se Deus não existe, por que falamos tanto em Seu Nome?
Por que ao pedir que as coisas aconteçam segundo o desejo do nosso coração contemplamos o acontecimento?
Por que tantos falam em curas e milagres quando confessam a fé?
Não tenho interesse algum em discutir a existência de Deus. A ausência de Deus na minha vida, me conduz a um vazio que não pode ser compreendido nem explicado.
Para os que crêem em Deus, a tentativa de tentar explicar a Sua não existência e de enfraquecer a fé das pessoas atende aos interesse dos adversários de Deus. Portanto ao tentar negar Deus, afirma-se que Ele existe.
Certamente cada pessoa no mundo já se viu diante da perda ou do fracasso. Aceitar-se em tais condições sem valer-se da esperança pode conduzir o Ser Humano a um grau de sofrimento muito além do que possa suportar.
Foi em uma dessas situações e em muitas outras que vieram em seguida que passei a considerar a existência de Deus. Não mais porque alguém me falou ou me fez acreditar e sim porque experienciei acontecimentos que extrapolaram todas as minhas condições físicas e compreensões mentais. Passei então a tomar minhas decisões baseadas na reflexão e na meditação com um Ser que passou comigo por todos os embaraços dispostos pelos meus caminhos.
Construí a imagem de Deus dentro de mim e estas são o bastante para ter vontade de viver e de encontrar sentido nas mínimas coisas.
Aprendi que muitas coisas que eu gostaria de fazer não posso fazer e muitas coisas que não gostaria de fazer preciso fazer. Reconheço que são as melhores coisas para mim.
Imaginem alguém que considera-se como criança e como tal não pode tomar todas as decisões sozinho. Esta pessoa pede que Alguém o ajude a decidir. Esse Alguém pode ser Deus.
A propósito, não vou falar nesta carta de minhas experiências com Deus porque tantos já o fizeram, inclusive o Seu Próprio Filho Jesus Cristo.
Falo apenas que o encontro com Deus é algo que só poderá ser explicado de uma pessoa para consigo mesma. Não pode ser demonstrado ou comunicado da forma como ocorreu, para quem quer que seja. Este é o grande mistério.
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