Assim como os grandes temas de interesse social, o aborto é algo a ser discutido, rediscutido, pensado, repensado e, talvez jamais compreendido.
Haviam aquelas garotas que demonstravam um maior interesse pelo namoro. E não era muito incomum avistar um ou outro casal se beijando em algum lugar da escola. O resultado não precisa nem falar, não é, a garota ficava grávida e toda e via a sua vida se transformar.
Neste meus poucos anos de existência, tive a oportunidade de contemplar muitas adolescentes grávidas. Suas barrigas crescendo, seus colegas comentando e todas as suas mudanças de comportamento. Vez ou outra ouvia falar de uma adolescente que havia "perdido" o filho e podia contempla a tristeza na qual imergiam.
Haviam aquelas garotas que demonstravam um maior interesse pelo namoro. E não era muito incomum avistar um ou outro casal se beijando em algum lugar da escola. O resultado não precisa nem falar, não é, a garota ficava grávida e toda e via a sua vida se transformar.
A minha primeira preocupação quando avistava ou quando avisto alguma jovem ou adolescente, em seu estado interessante - gosto desse termo - era e é a de conversar com elas e sem muito rodeio perguntar se existe alegria em seus corações, pela presença da criança à caminho. Falo da importância de conversar com a criança, de falar que a ama, que ela é bem vinda, que vai nascer com saúde e que será sempre muito feliz. Falo também que as dificuldades serão muitas, que a mamãe perderá o sono por muitas vezes, mas que terá o grande privilégio de cuidar de um outro ser humano. É assim que me sinto com relação a meu filho.
Nesta semana, uma dessa maezinhas adolescentes chegou para mim e me falou:
_ Professor, perdi sua prova.
_ Qual o motivo?
_ A minha filhinha estava doente.
_ Você não perdeu minha prova. Você teve o privilégio de demonstrar o seu amor por sua filha. Ela deve está sempre em primeiro lugar.
Falo porque é assim que me sinto com relação a meu filho.
Falo porque é assim que acredito que a sociedade tem que se sentir com relação as crianças, quer já sejam nascidas ou quer estejam por nascer.
O ser humano se sente no direito de intervir em tudo quanto a natureza em sua sapiência determinou com fosse formada. A natureza em sua forma "inconsciente", em sua forma "aleatória", mas em sua forma perfeita.
Ao meter a mão na roda da vida, o ser humano tenta romper com a última fronteira que existe no portal da vida. Após este ato, não precisaremos mais falar de ética ou de moral, tudo será permitido. Seremos mergulhados no mar das desesperanças. A magia da vida será desmantelada.
O que aconteceria se Jesus Cristo fosse abortado?
O que aconteceria se Madre Tereza de Calcutá fosse abortada?
O que aconteceria se Mahatma Gandhi e todos os outros seres que deram-nos o direito de nos sentir seres humanos fossem abortados?
E se eu tivesse sido abortado?
E se você tivesse sido abortado?
A sua vida não vale a pena?
Pena! Pena de morte é o que se prega. Curioso notar é que a pena de morte é para os criminosos. Qual crime haverá cometido uma criança que sequer nasceu ainda?
O aborto é inconstitucional. O crime cometido pelo pai ou pela mãe não pode ser transferido para a sua descendência, tão pouco pode ser transferida a sua pena.
O aborto é um processo de esterilização disfarçada de Direito. Atingirá aos desvalidos. Não é menos pior do que os atos de Hitler quando desejou "purificar" a raça humana.
O aborto não é para alguns "ricos". Esses já o fazem ao bel-prazer. Esses que já não convivem com a ética, nem com a moral, nem tampouco com o amor verdadeiro.
A legalização do aborto é apenas um pano de fundo para disfarçar todos os males antigos e males novos que uma pequena parcela da humanidade pratica.
Esse direito eu não quero. Mas é muito fácil falar disso porque sou homem e certamente não carregarei em meu ventre, criança alguma. Sou homem e estou ciente disso, dos males que posso praticar. Dos males que busco evitar diariamente, crendo que a minha vida não é a mais importante. Crendo que poderei perdê-la em favor dos outros. E por amor a mim e aos meus semelhantes avalio sempre as consequências dos meus atos.
Seres humanos, parem um pouco! Em quais fundamentos se sustentam vós para a legalização do aborto? Não seria esta uma forma de camuflar as vossas culpas, as vossas faltas. Credes vós, na consciência coletiva? Ou se fazes representante dos que degradam a nossa história e como loucos nos atiram para que as feras nos devorem?
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