terça-feira, setembro 21, 2010

ENSINO MÉDIO: NOVAS E VELHAS ALTERNATIVAS

Desde quando me atrevi a exercer a profissão de professor, tenho contemplado na Secretaria de Educação do Distrito Federal  tantas mudanças que as vezes penso já fazer algo que já foi feito antes.

Na próxima semana, estaremos reunidos para mais uma conferência de educação e a pauta é a mesma de sempre: currículo, avaliação e formação docente.


Os problemas são os mesmos: desarticulação curricular na rede, ineficiência quanto ao processo de avaliação e dificuldades para realizar a formação continuada.

Particularmente eu gostaria que a pauta fosse uma só: trabalho em equipe. Mas não uma equipe de professores na escola ou de coordenadores nas diretorias regionais de ensino. Gostaria que fosse realmente realizado um trabalho em equipe, no qual a meta maior seja a de preparar verdadeiramente o jovem para o exercício da cidadania, conforme estabelece a LDB de 1996.

Hoje eu tive a oportunidade de receber um grupos de 7 alunas e um aluno na escola e estacionado logo à frente, havia um carro com um pai e uma mãe que acabara de trazer a filha para se reunir ao grupo.

Me aproximei do casal, apresentei-me como professor da escola e antes mesmo que eu pudesse falar mais alguma coisa, o pai me perguntou sobre os motivos daquela reunião.

Expliquei que era parte de um trabalho em parceria com a Unb - Planaltina e que o grupo seria conduzido para uma visita ao Parque Sucupira, onde seria feita uma trilha na qual os alunos teriam a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o cerrado. Expliquei também que esse trabalho se daria ao longo de meses de outubro e novembro. Que seria conduzido por formandos do curso de ciências naturais, sob orientação de uma professora universitária e que o meu papel era o de assistir ao grupo no que houvesse de necessidade, a exemplo do que já é feito com outros grupos de trabalho que existem na escola, dos quais sou incentivador.

O pai agradeceu as explicações, bem como a oportunidade que estava sendo dispensada aos alunos e me informou que um de seus filhos já é aluno do curso de Ciências Naturais e que o desejo da filha é seguir o mesmo caminho.

Onde quero chegar com essa explanação?

Na importância do pai e da mãe acompanharem seus filhos durante a vida escolar. Ele está em cumprimento com o Art. 205 da Constituição Federal de 1988.
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Na importância da escola oferecer as oportunidades para que os alunos possam ter contato com as instituições de pesquisa e de saberem que podem avançar nos estudos.

Na importância de que os jovens compreendam o sentido da educação e o papel que desempenham no processo pedagógico.

Na importância de, na conferência de educação as mentes dos participantes estejam abertas para as propostas que melhor possam ser desenvolvidas no sentido de que os alunos tenham, verdadeiramente, a oportunidade de superar suas dificuldades, construindo uma aprendizagem sólida e significativa.

Na importância de ao se falar em educação integral, não se pensar apenas em aumento de carga horária, como se as escolas fossem apenas um lugar de passar tempo.

Uma educação integral, como a palavra pressupõe, implica em uma educação íntegra, envolvendo o ser humano em sua plenitude, com a participação ativa da família, do gorverno e demais seguimento da sociedade. Com cada pai e cada mãe que acompanha o seu filho a escola não no ato simples de transportar, mas no ato de compreender as suas necessidades e as suas angústias e de buscar soluções com, e não para. 

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